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Enviada em: 11/09/2017

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi uma estratégia do governo de unificar, em território nacional, as chances dos estudantes ingressarem em universidades de todo o país. Assim, desde 2009, cada vez mais instituições tem adotado a prova como método de entrada. Juntamente, a criação do sistema de cotas e de programas como FIES e ProUni ampliou as chances para que os estudantes buscassem novas qualificações no ensino superior. Porém, ainda com as diversas formas para se ingressar nas universidades, tem sido cada vez mais difícil se manter nelas e, por fim, concluí-las.               Em princípio, a realidade vivida pelos alunos de universidades públicas tem sido um reflexo direto da crise que afetou o país na segunda década do século XXI, que vem se estendendo aos dias atuais. Assim, a falta de alimentos nos restaurantes universitários, ausência de salário do corpo docente e a não distribuição de bolsas auxílios fornecidas pelas instituições são a realidade vivida diariamente por esses alunos. Desse modo, toda a situação culmina em longas greves universitárias e muitas desistências por parte dos alunos.                          Por outro lado, o alto custo das universidades particulares fazem com que boa parte dos estudantes não considere a graduação por intermédio destas instituições. Ainda, há os alunos que conseguem bolsas ou o financiamento por meio dos programas oferecidos pelo governo, mas com a extensa carga horária exigida pela universidade, há grande conflito de interesses, levando em conta que a maioria deles necessita trabalhar durante o curso. Isso faz com que esses estudantes não consigam concluir sua graduação.                  Logo, não há como negar que a educação universitária no Brasil vem sendo um grande desafio. Segundo o filósofo Immanuel Kant “ O ser humano é aquilo que a educação faz com ele” então, sendo assim, cabe ao Estado relativizar prioridades de investimentos dentro do território nacional, direcionando capital recolhido por meio de impostos à educação. Bem como as grandes empresas podem realizar investimentos na educação universitária, tendo-se em vista que grande parte das pesquisas e desenvolvimento são gerados nesse meio, a fim de buscarem novas pesquisas que gerem novas descobertas, que virão a gerar mais capital e mais investimento, criando assim um ciclo econômico positivo ao país e aos indivíduos que nele habitam.