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Enviada em: 07/10/2017

Uma boa formação universitária é um quesito capaz de valorizar o jovem no mercado de trabalho atual. Nessa questão, pode-se citar, por exemplo, países do continente europeu, como a França e a Polônia, nações reconhecidas especialmente por seus métodos de educação inclusiva, os quais refletem de maneira positiva ao desenvolvimento econômico e social desses países. Em contrapartida com essa realidade, a educação superior no Brasil, bem como os ciclos de aprendizagem básica, enfrentam atualmente, impasses desfavoráveis à formação de cidadãos éticos e preparados para a atuação.      Dessa forma, o principal fator, cuja dimensão reflete também em outras adversidades, é a desigualdade social. Embora o acesso à universidade contemple, atualmente, uma quantidade significativa da sociedade devido a programas sociais como o FIES, o ProUni ou até mesmo as cotas raciais, é grande o número de indivíduos que não possuem essa oportunidade devido à condições financeiras, haja vista o elevado custo das mensalidades de instituições particulares. De maneira análoga, os institutos acadêmicos federais ou estaduais possuem uma seleção a qual contempla os alunos mais bem preparados, cujo destaque cabe àqueles que frequentaram cursos preparatórios ou colégios particulares. Esse fator corrobora a carência de uma reformulação da grade curricular e dos métodos pedagógicos existentes na rede pública de ensino.      Sob outro contexto, jovens já ingressos em cursos superiores possuem o desafio de tentar se destacar em meio a um mercado de trabalho cada vez mais exigente. É crescente o número de cursos oferecidos, assim como sua diversidade. Porém, essa banalização pode causar também efeitos negativos, como a má formação médica, lamentavelmente evidenciada em centros de saúde pública, com situações como diagnósticos errôneos ou descaso ao paciente. Além de possuir uma estrutura física adequada, com hospitais-escola e um considerável número de docentes, a universidade deve transmitir ao profissional uma formação humanista, na qual a relação médico-paciente é evidenciada pela confiança e pelo respeito.       Portanto, os desafios universitários se iniciam com a preparação dos alunos rumo ao Ensino Superior, mas não se encerram ao seu ingresso. A fim de tornar a faculdade mais acessível, o MEC deve trabalhar na formação de educadores com enfoque nos principais vestibulares, oferecendo cursos especializados obrigatórios para facilitar a relação existente entre os alunos, os professores e as formas de ingresso. Ademais, é imprescindível que se intensifique a fiscalização do desempenho dos cursos existentes, com exames similares ao Cremesp, nos cursos de Medicina.