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Enviada em: 12/06/2018

Teachers, leave them kids alone!       As cenas iniciais do videoclipe da banda Pink Floyd, Another Brick In The Wall, onde o professor ridiculariza um aluno perante toda a turma pelo fato de o mesmo estar escrevendo poemas durante a aula, encaixa-se perfeitamente na situação de inúmeras crianças do Brasil contemporâneo. Com isso, surge o problema: Os abusos tornam-se cada vez mais comuns nas escolas, tornando difícil a inserção dos alunos com dificuldades.       Mesmo com o amparo do Artigo 5º da Constituição, os alunos que sofrem com algum transtorno, como o Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), continuam sofrendo discriminação e, citando um caso análogo a essa afirmativa, foi a denúncia de Tito Santa Cruz, vocalista da banda Detonautas. Segundo o cantor, sua filha, Bárbara, não foi aceita na escola carioca Carolina Patrício, logo após a instituição receber o diagnóstico de TDAH da criança. A lei constitucionalizada é de extrema importância, mas é necessário haver fiscalização e cuidado especial, sem excluir a criança do convívio social.      Além disso, há a situação das expulsões de crianças extremamente jovens que sofrem de algum problema relacionado ao aprendizado. Pedro, garoto paulista de três anos citado em uma reportagem ao site Terra em 2015, foi expulso da escola após molhar os sapatos dos colegas durante o horário de dormir, enquanto seus colegas dormiam. "A expulsão não vale nem como punição, nem como medida educativa. Ela só aumenta o problema, porque, quando a criança é expulsa da escola, ela é prejudicada em seu processo de socialização", afirma o pedagogo Eugênio Cunha.       Dessa forma, é importante que o Ministério da Educação, juntamente com a Sociedade Brasileira de Psicologia, elabore planos de conscientização do corpo docente por meio de palestras sobre a realidade das crianças com problemas, durante o expediente. Além disso, seria importante a presença de psicólogos (especializados nos distúrbios) nas escolas, para orientar as crianças e familiares, evitando muitos traumas.