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Enviada em: 16/07/2018

É indubitável que a inserção de crianças com distúrbio de aprendizagem é um grande desafio atualmente. De acordo com a diretora científica da Associação Brasileira de Dislexia, Tânia Maria, cerca de 70% da população possui algum tipo específico de distúrbio de leitura e escrita. Torna-se evidente, portanto, a magnitude do problema, resultado direto do mal preparo de profissionais e parentes em lidar, de maneira eficiente, com essa adversidade.       Segundo a Constituição Federal de 1988, o acesso a uma educação de qualidade é um direito de todas crianças em âmbito nacional. No entanto, muitas, por apresentarem dificuldades patológicas no processo de aprendizagem, não podem usufruir de tal regalia, pois os professores que acompanham o jovem no início de sua formação acadêmica, devido a uma omissão governamental perante o assunto, não possuem o preparo necessário para se adaptar a esse tipo de situação. Com isso, esse pequenos, por não lograrem uma boa base educacional, posteriormente, terão dificuldades em se inserir no mercado de trabalho, fazendo com que, por conseguinte, busquem no mercado informal uma forma de sustento, intensificando, assim, o preocupante processo de informalização da mão de obra nacional.       Como se isso não bastasse, outro fator substancial para o agravamento do problema é a incapacidade dos pais de lidarem com o tema, decorrente direta da não informação direcionada àqueles em relação a distúrbios cognitivos, tópico que só começou a ser abordado em meados da década de 80, justificando, assim, o contexto de mistério e ignorância que circula essas doenças em nossa sociedade. Desse modo, diversas famílias que apresentam filhos necessitados de acompanhamento especial encontram-se em uma situação de extrema dificuldade no sentido de dar o apoio necessário ao jovem.       Logo, faz-se necessário que o Governo Federal, em conjunto com o Ministério da Educação, por meio da criação de cursos direcionados a profissionais da educação que trate sobre a condução correta de crianças com distúrbios de aprendizagem, propicie a mais crianças uma educação de qualidade para que, dessa forma, mais pequenos possam desfrutar de seus direitos concebidos por lei. Por fim, é importante que o Ministério da Saúde e da Cultura, por meio da realização de propagandas em momentos de pico de audiência e entrega de panfletos informativos em locais perto de escolas, cientifique parentes sobre detalhes importantes dessas doenças como, por exemplo, a possibilidade de serem controladas se tratadas precocemente. Dessa maneira, esse problema seria combatido de maneira mais eficiente e os jovens do Brasil seriam preservados.