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Enviada em: 13/06/2018

Hodiernamente, na sociedade brasileira, há uma séria questão a ser debatida: as dificuldades das crianças com distúrbio de aprendizagem de se inserirem na escola. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados: o baixo investimento na educação inclusiva e a concepção de alteridade precária. Portanto, é imprescindível investir na integração de crianças com distúrbio de aprendizagem nas escolas, para criar uma sociedade pautada na equidade.   Cabe pontuar, de início, que o investimento em educação inclusiva é fundamental para resolver esse entrave. Segundo Paulo Freire, "educação não muda o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas mudam o mundo". Nessa lógica, o conhecimento a partir da educação, é necessário para que as crianças com dificuldade de aprendizagem tenham oportunidade iguais de acesso, em relação as outras crianças e não sejam excluídos do processo educacional. Logo, é essencial investir em educação.   Concomitantemente, a sociedade não se sensibiliza com a discriminação sofrida pelo infante com problema na aprendizagem. De acordo com Mikhail Bakhtin, é no sentimento de alteridade que o ser humano constitui-se e transforma-se, ou seja, a alteridade é um transformador social. Nessa conjuntura, a sociedade precisa desenvolver o sentimento de alteridade , e se sensibilizar com as dificuldades e discriminação sofrida por essas crianças e enxerga-los futuramente como pessoas produtivas. Dessa forma, é fundamental uma mudança na mentalidade social.   Destarte, medidas são essenciais para inclusão de crianças com distúrbio de aprendizagem no Brasil. Para isso o Ministério da Educação, deve incluir professores especializados em educação especial, a partir da capacitação dos professores por meio de cursos de extensão, para que a educação seja inclusiva em todos os níveis. Ademais, os meios de comunicação precisam exercer sua função social, a partir de uma reportagem completa, mostrando as dificuldades e as formas de inclusão dessas crianças nas escolas, para despertar o sentimento de empatia e esclarecer toda a sociedade. Assim, poder-se-á afirmar que o Brasil oferece mecanismos para a formação educacional das crianças com distúrbio de aprendizagem.