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Enviada em: 20/06/2018

Na pós-modernidade, observa-se constantemente as dificuldades encontradas na inserção de crianças com dificuldades de aprendizagem no âmbito escolar, visto que segundo as Diretrizes Curriculares nacionais para a Educação (CNE), consideram-se educandos com necessidades educacionais especiais os que, durante o processo educacional apresentarem entre outros fatores, dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultam o acompanhamento das atividades curriculares.       É elementar que se leve em consideração que tais distúrbios não são exclusivos do contexto contemporâneo, porém passaram a ter visibilidade apenas a partir dos anos de 1980, sendo possível constatar, segundo a psicopedagoga Tânia Maria de Campos Freitas, que cerca de 70% da população apresenta algum tipo de distúrbio específico de leitura e escrita. Por outro lado, em virtude de não existirem testes padronizados para o diagnóstico de tais transtornos, pais e professores constantemente os confundem com falta de atenção, desinteresse ou preguiça, prejudicando ainda mais o desenvolvimento intelectual do aluno.       Outro fator imprescindível é a precariedade da educação pública e a desvalorização dos professores, que em decorrência da falta de capacitação são impossibilitados de identificar tais dificuldades e encaminhar a criança a especialistas, além disso, soluções tão simples como o atendimento individualizado vêm se tornando algo utópico em vista da falta de investimentos do governo.        Evidencia-se, portanto, que a inclusão de crianças com dificuldades de aprendizagem trata-se de um processo em que a família e a escola devem caminhar juntos para o diagnóstico e tratamento da mesma no início da fase escolar, dessa forma, faz-se necessário que o governo adote incentivos para a capacitação de professores, assim como palestras para que as famílias se informem sobre o assunto, e propostas pedagógicas para o atendimento individualizado através de aulas de reforço e monitorias, a fim de que o aluno desenvolva seus conhecimentos normalmente e ocorra assim a sua inclusão .