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Enviada em: 15/06/2018

A obra "Como estrelas na terra" relata a vida de uma criança de 9 anos que tem dislexia, mas a família e a escola não a compreendem e, por isso, pouco se mobilizam para auxiliá-lo. Fora das telas de cinema, tem-se a manifestação do problema de forma considerável, crianças com distúrbios de aprendizagem são, por muitas vezes, excluídas ora pelo desconhecimento acerca do problema, ora  pela falta de capacitação profissional dos professores e infraestrura das escolas.        Em primeiro lugar, a falta de informação contribui para o impasse.  Esse problema pode ser facilmente confundido com uma simples falta de atenção e, por isso, tem-se a dificuldade do diagnóstico. Crianças com dificuldades de reter as informações que lhe são repassadas, de realizar os mais simples cálculos matemáticos, ou ainda, de manter-se focado por um determinado tempo são características de quem possui algum problema de aprendizagem. Estima-se que de 40% a 42% dos alunos nas séries iniciais tenham dificuldades para aprender. Desses, no Brasil e em outros países em desenvolvimento, 4% a 6% têm transtornos de origem neurobiológica.       Outrossim, a incapacidade por parte dos educadores em reconhecer e auxiliar os que possuem esse problema e a falta de estrutura das escolas são outros pontos que dificultam a inclusão. Durante a capacitação profissional, os professores não são preparados metodologicamente para assistir as crianças, o que promove a dificuldade no tratamento, já que não é diagnosticada ainda no início. Aliado a isso, as instituições educacionais não possuem recursos que atendam às necessidades dos pequenos, com exceção das privadas que cobram valores absurdos por esse auxílio, o que acentua ainda mais a exclusão. Fatores como esses dificultam um diagnóstico precoce e perpetuam o problema.         Dessa forma, medidas são necessárias para a resolução do impasse. A mídia deve veicular campanhas que promovam debates acerca do assunto, visto que pouco se sabe, o que provoca a alienação, vindo a promover a divulgaçação sobre os primeiros sintomas e como proceder diante deles, já que um diagnóstico precoce e um tratamento ainda no início propiciam uma maior chance de recuperação. Ademais, as instituições de ensino superior devem embasar o educadores em relação às dificuldades de aprendizagem, acrescentando à carga horária palestras e estágios em escolas que possuem aluno com essa especificidade, e ainda, o Ministério da Educação deve destinar uma parcela de  verba para promover a habilitação das escolas para atendê-los, uma vez que é no âmbito escolar que se desenvolve a empatia, ética e a interação social, e uma criança por maior dificuldade que ela possua, não pode ser privada desse direito assegurado constitucionalmente.