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Enviada em: 04/08/2018

Segundo Paulo Freire, "educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo." Tal citação deixa clara a importância do ensino quando aplicado com sucesso ao indivíduo. Entretanto, em nosso corpo social, crianças com distúrbio de aprendizagem continuam enfrentando dificuldades constantemente. É necessário reconfigurar a atuação das escolas nesses processos, visto que as mesmas participam diretamente dos entraves com a percepção tardia dos problemas vividos pelos jovens, consequência de ainda não estarem devidamente prontas para receber esses tipos de alunos.     É válido considerar,antes de tudo, a demora para perceber tais disfunções. Isso ocorre, uma vez que a maioria desses distúrbios não se manifestam na estrutura física das crianças, fazendo-se necessário avaliá-las por inúmeras vezes e comparar seus desempenhos nesse período. Até que se possa tirar qualquer conclusão, muito tempo é gasto nesse processo de descoberta, ocasionando mais dificuldades para os infantes. Martin Luther King afirmou que "toda hora é hora de fazer o que é certo",dessa forma, por mais tardio que seja, as instituições de ensino devem continuar presentes utilizando todo e qualquer recurso possível visando ajudar na detecção desses obstáculos e procurar ajuda para, posteriormente, superá-los.     Cabe apontar, também, que esse processo demorado está associado à falta de preparação das escolas. Tal ato se deve, visto que não há acompanhamento direto de profissionais da saúde- que atuem nas áreas de maior incidência dessas irregularidades- no âmbito escolar. O apoio multidisciplinar é praticamente inexistente, prova disso são os raros momentos onde alunos podem ser avaliados por psicopedagogos, juntamente aos métodos de ensino, por exemplo. Desse modo, a situação tende a se agravar, ratificando o cenário problemático na inclusão das crianças.       Fica claro, portanto, a necessidade de alterar o modo como os educandários atuam nesses casos. Para isso, os Ministérios da Saúde e Educação devem ministrar projetos de atendimento nas escolas, convidando profissionais das áreas de saúde para realizar exames no corpo discente, com a finalidade de encontrar possíveis problemas e encaminhá-los ao devido tratamento. Cabe, também, às mídias desenvolverem campanhas publicitárias para disseminar informação sobre os recursos terapêuticos e como detectar sintomas de algumas disfunções,por meio dos sites, anúncios em televisões e redes sociais; visando pais e professores, mobilizando-os à causa. Para que,enfim, as crianças com distúrbio de aprendizagem possam se sentir inclusas não só nas escolas, mas também na citação de Paulo Freire.