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Enviada em: 22/06/2018

No final do século XX, os distúrbios de aprendizagem começaram a ser estudados e debatidos, demonstrando que este tipo de disfunção é uma novidade e que apresenta alguns obstáculos quanto a sua compreensão. Nesse sentido, crianças que apresentam estas complicações ficam em desvantagem, no ambiente escolar, diante da dificuldade de se aprender, no qual o descaso por parte da sociedade e dos próprios pais, bem como a ausência de medidas pedagógicas eficazes, por parte das escolas, possibilitam um amplo prejuízo à futura vida acadêmica dos afetados.     Em primeira análise, o "mecanicismo" escolar, no qual o aluno somente absorve conteúdos, exemplifica um ensino descomprometido. À vista disso, vale destacar a ineficiência do sistema educacional, que é refletido pela inexistência de modelos pedagógicos que proporcionem um acompanhamento adequado às crianças com disfunções de aprendizado, não os possibilitando de obter os benefícios que a educação fornece ao ser humano. Desta forma, evidencia-se um contexto que vai de encontro com a devida importância que o filósofo Kant atribui ao ensino, o qual afirma que o homem é aquilo que a educação faz dele.         Parafraseando Zygmunt Bauman, o individualismo é preponderante à ignorância da realidade do próximo. Nesse sentido, o descaso da sociedade e dos próprios familiares em relação a quem apresenta um bloqueio de aprendizagem está em consonância com a afirmação do sociólogo. À vista disso, vale destacar uma pesquisa do Datafolha, o qual constatou que o menosprezo, por parte do pais, em entender a situação dos filhos com TDA (Transtorno do Déficit de Atenção) corresponde por mais de 30 porcento das causas que dificultam a alfabetização dos afetados. Deste modo, percebe-se que o individualismo social deve ser superado em prol da compreensão.        Levando-se em consideração estes aspectos, é notória a inevitabilidade de mudanças a fim de proporcionar um ensino moldado às crianças com distúrbios de aprendizagem. Para isso, cabe ao Governo Federal, a partir do Ministério da Educação, a introdução de modelos pedagógicos, que forneçam bases eficazes de ensino, diante da especialização de profissionais da área, bem como com a inserção de métodos de estudos individualizados, atendendo cada necessidade; como também a utilização da mídia televisiva, por meio de séries e novelas, com o intuito de informar e sensibilizar a sociedade e os pais, instigando estes últimos a buscarem apoio psicológico, com a finalidade de obter informações. Com isso, tem-se a oportunidade fornecer um ambiente escolar que atenda às dificuldades de cada estudante.