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Enviada em: 18/07/2018

Conforme defende o documentário - "A criança que não aprende" - o mesmo retrata as dificuldades enfrentadas por crianças com distúrbios de aprendizagem em sala de aula, assim como a dos profissionais de educação. Nesse contexto, são notórios os obstáculos ainda presentes no ambiente escolar no século XXI, uma vez que, no artigo 205 da Constituição de 1988, assegura a educação como um direito de todos. Diante disso, remete à urgente necessidade de analisar os impedimentos da inserção dos deficientes, que é comprometido pela  escola e pelo Estado.       É relevante enfatizar, a princípio, que a preocupação da inclusão dos adolescentes com carência de aprendizagem não tem sido priorizada pela escola. Posto que, conforme defende o educador Paulo Freire, "Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda". Portanto, é dever da escola trabalhar com as diversidades existentes na sala de aula, independentemente do grupo social ou cultural. Assim, é comum, por exemplo, ainda encontramos unidades escolas sem psicólogos, psicopedagogo e projetos que trabalhem a integração e o respeito em classe. Dessa forma, o colégio está contribuindo para uma sociedade mais fragmentada, preconceituosa e retirando a oportunidade dos jovens crescerem e tornarem-se cidadãos dignos.       De outra parte, o Estado também é responsável pela problemática em questão. Isso acontece devido à falta de capacitação para professores, coordenadores e diretores das unidades públicas e privadas no país, no qual os alunos que se tornam vítimas. Prova disso é que, conforme defende dados do UFRJ (Universidade do Rio de Janeiro), 70% do total de professores entrevistados, em 2012, não tiveram na sua formação acesso ao ensino para lidar em sala de aula com alunos com distúrbios de aprendizagem. Logo, é preciso tratar essa irregularidade como um problema crônico e complexo.       Evidencia-se, portanto, que as dificuldades das crianças com distúrbio de aprendizagem de se inserirem na escola são devido à falta de responsabilidade da escola e do Estado. Em razão disso, a gestão escolar em parceria com ONGs (Organizações não Governamentais), deve criar oficinas, debates e mobilizações sociais com professores e alunos enfatizando a importância do respeito com as diferenças, bem como, programações com as famílias com o objetivo de quebrar o tabu de uma sociedade preconceituosa. Outrossim, o Ministério de Educação (MEC) juntamente com o Ministério de Saúde (MS) deve oferecer cursos de capacitação obrigatórios para docentes quando em formação e durante o tempo de exercício de sua profissão, igualmente, disponibilizar psicólogos, psiquiatras e psicopedagogos para auxiliarem os professores quando ao diagnóstico dos alunos que precisam de ajuda. Assim, as dificuldades poderão diminuir e teremos uma educação igualitária para todos.