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Enviada em: 19/07/2018

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) assegura a todas as crianças educação de qualidade. Entretanto, quando elas possuem distúrbios de aprendizagem esse direito é, em muitos casos, violado devido a deficiências na formação dos profissionais educadores, além da avaliação inadequada de progresso.       Em primeiro plano, de acordo com o efeito Dunning Kruger quando sabe-se pouco sobre determinado assunto avalia-se o próprio conhecimento acerca dele como superior ao que de fato o é. Assim, um professor que não possua formação adequada sobre distúrbios de aprendizagem pode não conseguir identificá-los e, se o faz, proceder de forma incorreta. Esse problema limita o potencial do estudante, que será exposto a um ritmo ou modo de aprendizado inapropriado às suas especificidades e, portanto, ineficiente.       Outrossim, o modelo avaliativo vigente, que utiliza em sua maioria a Teoria Convencional dos Testes, superestima as capacidades individuais. Desse modo, os marcadores estatísticos capazes de identificar a progressão de cada criança são imprecisos. Isso faz que os resultados obtidos pelo portador de distúrbios de aprendizagem, ainda que com acompanhamento adequado, não possam ser usados de forma eficaz para mensurar o sucesso do método de aprendizado.       Diante do exposto observa-se que para inclusão de crianças com distúrbios de aprendizagem é necessário, portanto, formação adequada para os profissionais relacionados. Para isso, o Ministério da Educação (MEC) deve estabelecer programas de formação continuada de professores acerca desse tema, além de disseminar o uso de métodos avaliativos mais precisos, como a Teoria de Resposta ao Item. Por consequência, garante-se o pleno aproveitamento do potencial de cada criança, em consonância com o proposto pelo ECA.