Enviada em: 24/07/2018

Para Mantoam, ativista e escritora brasileira, a inclusão é sair da escola dos diferentes e promover a escola das diferenças. Diante disso, é necessário discutir as dificuldades que crianças com distúrbios de aprendizagem enfrentam nas escolas públicas brasileiras que são, na maioria das vezes, despreparadas e preconceituosas.      Em primeiro plano, é importante ressaltar que crianças com distúrbios de aprendizagem como TDAH, transtorno autista e dislexia, são inseridos em uma escola pública totalmente despreparada para atendê-los. O despreparo é evidente ao notar a relação entre professores e alunos com dificuldades. Muitas vezes por ignorância, os próprios educadores têm atitudes de desprezo e rejeição, por simplesmente o aluno não conseguir seguir o ritmo de aprendizagem dos seus colegas. Logo, isso gera na criança frustração emocional. Além disso, por terem atitudes incompreendidas pelos demais, essas pessoas tornam-se alvos de violência escolar por seus colegas de aula, sendo excluídas do grupo.      Ademais, é fundamental salientar a importância da família participar ativamente da vida escolar de seus filhos.  Muitas vezes, devido ao descaso familiar em relação ao acompanhamento escolar dos filhos, distúrbios de atenção como o TDAH não são diagnosticados a tempo, o que leva a um atraso escolar que pode acarretar reprovação do ano letivo. Logo, o cenário visível é de crianças com dificuldades de aprendizado em uma faixa etária maior do que a turma em que está inserida, fator que leva à evasão escolar. Com isso, há o surgimento de problemas emocionais, que se não tratados podem evoluir para quadros de depressão.       Diante desse contexto, é necessário a adoção de medidas para resolver o impasse. Primeiramente, o Ministério da Educação pode fornecer cursos de capacitação à educadores para incluir e educar esses alunos de forma efetiva. Também, é necessário que as escolas abordem a temática com pais e alunos, desse modo, evitando preconceito e perpetuando a escola das diferenças.