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Enviada em: 24/08/2018

Atualmente, segundo a diretora científica da Associação Brasileira de Dislexia (ABD), Tânia Maria, 70% da população da população possui algum distúrbio de aprendizagem específico de leitura e escrita. Apesar da estatística significante e da legislação imposta sobre o tema, as escolas brasileiras ainda se encontram despreparadas para receber esse público, com equipe mal informada sobre como agir com indivíduos que necessitam de cuidados especiais.        O Ministério da Educação (MEC) possui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação básica. No documento são impostos deveres das escolas para atender alunos com necessidades educacionais especiais, tais quais flexibilizações curriculares que considerando os conteúdos básicos, metodologias de ensino diferenciados e processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos estudantes.       Não obstante, percebe-se, na realidade, profissionais despreparados para lidar com os casos, muitas vezes diagnosticados tardiamente. Como retratado na série "Touch", na qual Jacob, um menino autista que não conversa e percebe tudo ao seu redor por meio da matemática, as crianças portadoras de distúrbios de aprendizagem são frequentemente incompreendidas no espaço familiar e pedagógico, visto que cada um apresenta diferentes dificuldades e aptidões.        Para promover a inclusão desses alunos nas escolas, o MEC deve exigir que sejam inclusas, nos cursos e pedagogia e licenciaturas, disciplinas de conhecimento psicológico, que busquem não apenas informar as especificidades que cada estudante possa ter, mas também sensibilizar os futuros professores; dessa forma espera-se que a equipe educacional das escolas esteja, futuramente, mais informada e instruída. Ademais, o Ministério da Saúde deve lançar campanhas de diagnóstico de possíveis distúrbios de aprendizagem, visando a identificação cedo, para que a família se informe eficientemente das necessidades da criança e busque supri-las. Outrossim, com os familiares já conscientes torna-se mais acessível a fundamental integração entre escola e família, objetivando o melhor acompanhamento do estudante por ambos.