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Enviada em: 22/10/2018

Muito se tem discutido, recentemente, a cerca da inclusão no ambiente escolar de crianças com dificuldade na aprendizagem. No Brasil, essa condição já é garantida pela Constituição de 1988, apesar de não ocorrer de forma satisfatória devido a dificuldade na identificação dos distúrbios que acabam se manifestando de diferentes formas. A má gestão na inserção dessas crianças também se da pela falta de estrutura nas escolas para recebê-las.  A princípio, para lidar com esse problema, é importante identifica-lo, e quanto mais precoce o reconhecimento ocorrer, melhor. Já afirmava Rousseau "o homem nasce livre mas por toda a parte encontra-se acorrentado", ou seja, mesmo sendo um ambiente pedagógico, se for identificada uma defasagem na criança, o ensino deve adaptar-se à ela. O empenho na identificação deve ocorrer nos ambientes familiar e escolar; as pessoas devem se preparar para identificar toda e qualquer anomalia, já que a mesma pode manifestar-se tanto como uma dificuldade intensa em concentração e aprendizagem, quanto uma capacidade mental acima da média - "superdotada".  O ambiente e a recepção nas escolas não se mostram prontas para o recebimento dessas crianças. Não há atividades diversificadas e o currículo não é flexível; ainda não houve o reconhecimento que os indivíduos não são iguais, e grande parte dos professores não sabem lidar com isso. Em constatação a esse problema, a senadora Marta Suplicy criou o projeto de lei que prevê a implementação de psicólogos na equipe escolar.  Portanto, como já observado, ambos os problemas que impedem que a inclusão de crianças com distúrbios de aprendizagem ocorra, caminham juntos; no Brasil, é imprescindível que o Ministério da Educação (MEC) atue, e de forma rápida. A equipe escolar deve aumentar, incluindo de forma obrigatória psicólogos e fonoaudiólogos, não só para identificar dificuldades nas crianças, mas para auxiliar a todos, como também para receber a comunidade, pois o processo de inserção não se limita apenas ao ambiente escolar, mas sim, estende-se a sociedade. O MEC deve aumentar sua fiscalização com as faculdades, para certificar-se que os cursos de licenciatura estão formando professores aptos a trabalhar e lidar com os diferentes casos.