Materiais:
Enviada em: 31/10/2018

"No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho". Neste trecho do poeta modernista Carlos Drummond de Andrade, vê-se que, determinado problema se configura como um obstáculo na vida de muitos brasileiros. Nesse contexto, atualmente, a ausência de profissionais especializados em consonância com o preconceito de colegas são as maiores "pedras" no caminho para a inserção de crianças com distúrbios de aprendizagem na escola.      Conforme as pesquisas divulgadas pela Escola Municipal Conselheiro Lafaiete, em 2017, 84% das dificuldades encontradas na alfabetização de alunos com distúrbios de aprendizagem estão relacionadas com o despreparo dos professores. Com a ausência de cursos especializados na educação de crianças com dificuldade de aprendizagem, os professores não conseguem ensinar e nem estimular o aprendizado de alunos com déficit de aprendizagem, ocasionando a desistência desses alunos da escola, em virtude das dificuldades que essas crianças possuem em aprender.       Outrossim, destaca-se o preconceito sofrido por essas crianças advindo por colegas, como impulsionador do problema. De acordo com William Shakespeare, poeta inglês, o olhar de quem odeia é mais penetrante do que o de quem ama. Ao seguir essa linha de pensamento, observa-se que, a desistência de crianças com dificuldades se relaciona com a teoria do poeta, uma vez que dentro de um ambiente em que a criança se encontra rejeitada, essa passa a ter medo de retornar ao local. Assim, muitas crianças tendem à desistir de frequentar a escola por medo.       Infere-se, portanto, que os problemas se mostram uma grande pedra a ser removida do caminho para o desenvolvimento. Para que isso ocorra, é necessário uma parceira entre o Ministério da Educação(MEC) e as instituições de ensino, no qual por meio da criação de cursos de capacitação direcionados à educação de alunos com distúrbios de aprendizagem, os professores possam ensinar e estimular essas crianças em sala de aula. Ademais, é fundamental que as instituições de ensino, por intermédio de professores, pedagogos e psicólogos, elaborem palestras e entrevistas com pais e alunos sobre as dificuldades que essas crianças sofrem em sala de aula, a fim de que o preconceito no ambiente educandário tenha seu fim.