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Enviada em: 30/10/2018

Desde a Revolução Francesa, entende-se que a sociedade só progride quando um se mobiliza com a necessidade do outro. No entanto, quando se verifica as dificuldades de crianças com distúrbio de aprendizagem para se inserir nas escolas brasileiras, verifica-se que os princípios do século XVII são constados apenas em teoria, mas não em prática. Nessa perspectiva, cabe analisar dos pontos que não podem ser negligenciados, com as objeções encontradas pelo sistema político para assegurar a educação para esse grupo e os impactos na vida infantil, por não possuir vida escolar.     É indubitável que a questão política e suas aplicações estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo  Michel de Montaigne, a mais honrosa das ocupações é servir o público e ser útil para a vida das pessoas. De maneira análoga, percebe-se que essa atuação não é concretizada pelo país, já que há pouco investimento governamental em profissionais qualificados para suprir as necessidades dos alunos com distúrbio de aprendizagem, e o problema persiste pela falta de fiscalização e administração pública para construir um lugar adaptado para essas crianças.       Ademais, convém frisar como a escassez de serviços da educação fragiliza esse grupo. A falta de suporte para os alunos com distúrbio de aprendizagem, pode dificultar sua formação  profissional e sua inserção no mercado de trabalho, tornando-se uma população dependente da renda familiar ou de um auxílio do governo para poder ter seu sustento. De acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano, o Brasil esta posicionado em 79º lugar evidenciando falhas na qualidade de vida do país, e a educação é um desses quesitos. Desse modo, a necessidade de mudança é a solução para seu combate.         É evidente, portanto, que há muitos entraves para se solidificar políticas que visem um mundo melhor. Seguindo esse pensamento, cabe ao Ministério da Educação  intensificar seus investimentos em profissionais especializados no ensino de alunos com distúrbios de aprendizagem, para que possam ter desenvolvimento escolar, com  o direito de absorver conhecimento sobre educação e cultura. Além disso, o Poder Legislativo pode inserir leis nas instituições de ensino,  para tornar obrigatória a inserção dessas crianças no âmbito escolar. Afinal, como defendia o psicanalista Sigmund Freud, o desejo de viver bem, mobiliza a sociedade à modificar sua realidade.