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Enviada em: 02/11/2018

Sob a perspectiva filosófica de São Tomás de Aquino, todos os indivíduos de uma sociedade democrática possuem a mesma importância, além dos mesmos direitos e deveres. Entretanto, fica evidente um problema quando esses indivíduos têm algum distúrbio de aprendizagem como, por exemplo, o TDAH (Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) já que essas pessoas costumam sofrer com menosprezo e até mesmo segregação nos ambientes educandários, devido à falta de conhecimento dos demais sobre o assunto. Diante disso, tornam-se passíveis de discussão os desafios enfrentados, no que se refere à questão da inclusão dos indivíduos que tenham algum distúrbio de aprendizagem nas escolas.       A princípio, frente à problemática em questão, pode-se tomar como primeiro ponto a ser ressaltado a falta de informação disseminada sobre essas doenças na mídia, sejam em telejornais, jornais impressos ou na internet, o que torna o acesso a informações sobre a doença distante da população no geral. Resultante disso é uma população ignorante sobre o assunto, e o senso comum acaba por macular a imagem desses portadores de necessidades especiais, disseminando notícias falsas sobre os distúrbios. Isso acaba gerando casos como o veiculado pelo portal G1 sobre o menino de 9 anos que sofreu "bullying" na escola em que estudava, apenas por não conseguir acompanhar a velocidade de aprendizagem dos companheiros de sala. Isso acabou gerando um caso de depressão no garoto e ele teve que sair da escola.       Além disso, vale ressaltar que  o baixo investimento na área de pesquisa sobre distúrbios mentais no Brasil também se mostra como fator relevante no que concerne à inclusão de pessoas com esses problemas. A ONUBR (Organização das Nações Unidas no Brasil) publicou uma denúncia da OMS(Organização Mundial da Saúde) em seu site relatando que o investimento em saúde mental no Brasil está crescendo em ritmo insuficiente. Ou seja, a área não recebe a atenção ideal, em decorrência disso, pouco se fala sobre os distúrbios, agravando ainda mais a ignorância da nação sobre o assunto.    De acordo com as informações supracitadas, medidas devem ser tomadas, a fim de melhorar a inclusão de pessoas com esses distúrbios nas escolas. Para isso, o Ministério da Saúde deve investir mais em recursos na área da pesquisa desses problemas, fazendo com que o processo de entendimento sobre a doença e o desaparecimento de preconceitos sejam mais rápidos. Além disso, o ministério da Educação, em parceria com as escolas e pais dos alunos, deve promover palestras explicando a doença para, assim, quebrar os paradigmas em cima dela. Por conseguinte, um dia possa viver uma sociedade onde realmente os indivíduos possuem a mesma importância e direitos.