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Enviada em: 17/03/2019

O físico alemão Albert Einstein revolucionou a história da ciência com uma série de teorias que comprovaram sua genialidade. Entretanto, ao contrário do que muitos pensam, Einstein sofria com o déficit de atenção, distúrbio responsável por tornar sua aprendizagem muito mais trabalhosa se comparada aos de seus colegas. Diferente dos casos do Brasil, Albert possuía auxílio de uma série de orientadores. A falta desses profissionais capacitados atrapalha muitas crianças brasileiras com distúrbios de aprendizagem, junto ao excesso de banalização e preconceito que acabam por tardar o sonho de uma sociedade integrada.       De acordo com a psicopedagoga Tânia Freitas, cerca de 70% da população brasileira possui algum distúrbio na escrita ou na leitura. Tal dado impactante mostra a necessidade de um ambiente escolar adequado aos alunos com esses problemas. Entrementes, a realidade mostra um número ínfimo de profissionais capacitados a lidar com os jovens, além do bullying gerado, refletido em ações  preconceituosas e danosas a ponto de provocar o abandono escolar pelo aluno . Dessa forma, é indubitável que o número de pessoas com distúrbios que frequentam as escolas acaba por ter um déficit com o passar dos anos nessa instituição e, por consequência, pode-se fomentar o progresso das doenças.       Outrossim, deve-se destacar a banalização da sociedade sobre esses distúrbios. De acordo com o sociólogo Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar. Seguindo essa linha de raciocínio, vê-se que caso uma criança ouça seus pais a indagar opiniões que vulgarizam o assunto, essa tende a adotá-lo e a reproduzi-lo em outros ambientes, como o escolar. Assim, se a criança possuir alguma deficiência no aprendizado, os pais não a levarão a um profissional capaz de diagnosticá-la, causando frustração por não conseguir  visualizar o progresso dos seus estudos e, além disso, a criança irá perpetuar o comportamento que castiga o meio social como um ciclo vicioso.         Dessa forma, medidas são necessárias para a inserção dos alunos com distúrbios de aprendizagem nas escolas. O Ministério da Educação deve atentar-se no investimento de professores e funcionários capazes de auxiliar as crianças para que consigam acompanhar o ritmo dos colegas de classe. Ademais, deve haver a promoção de palestras e debates sobre a problemática nas escolas com a finalidade de expor a situação e usar o fato social de Durkheim a favor da causa. Dessa maneira, será possível ultrapassar as barreiras do impasse e alcançar a desejada integração da sociedade brasileira.