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Enviada em: 26/05/2019

Segundo Aristóteles, "devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade", ou seja, pessoas diferentes devem ser tratadas de maneira distintas a fim de alcançarem um mesmo objetivo. Não é difícil perceber, contudo, que essa premissa não é plenamente seguida no Brasil, principalmente no que se diz respeito ao ensino de crianças com distúrbios de aprendizagem. Avaliar as causas desse problema e entender os seus efeitos na contemporaneidade é essencial para combatê-lo.   Em primeiro lugar, é notória a falta de conhecimento acerca das doenças na aprendizagem. Esse fato é um empecilho ao reconhecimento, pela família, dos distúrbios, que são facilmente confundidos com desinteresse ou falta de atenção. Dessa forma, o diagnóstico precoce dos problemas são dificultados, o que prejudica a inserção das crianças no ambiente social também. É importante ressaltar, ainda, que as pessoas que possuem dificuldades na aprendizagem possuem inteligência normal, ou até mesmo superior à média, demonstrando que a identificação do problema é essencial para um ensino eficiente aos alunos que convivem com essas doenças.   No entanto, é preciso reconhecer que as instituições de ensino do país, em geral, não estão aptas a acolherem alunos com necessidades pedagógicas especiais. Isso porque, embora a Constituição Federal garanta a educação a todos os cidadãos, a maioria das escolas públicas carecem de profissionais qualificados para a inclusão dos alunos que possuem dificuldade no processo educacional. Sendo assim, crianças que sofrem com o déficit de atenção e o autismo, por exemplo, são deixadas à margem no sistema de ensino-aprendizagem e sofrem com a exclusão e baixa estima.   Fica claro, portanto, que o problema em voga é bastante amplo e deve ser resolvido. Para isso, é importante que o Ministério da Educação, aliado a organizações não governamentais, divulgue à população, através de comerciais em televisão e panfletagem, os distúrbios na aprendizagem e a oriente no que fazer caso suspeite que alguém próximo possua algum dos transtornos. Além disso, o Poder Público deve disponibilizar cursos presenciais para os docentes da rede pública que ensinem sobre o ensino especializado às crianças com dificuldades escolares e que aumente a percepção deles na identificação desses problemas, a fim de alertar os pais sobre o assunto.