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Enviada em: 24/05/2019

Segundo a Lei Brasileira de Inclusão, as escolas, sejam públicas ou particulares devem cumprir as determinações dessa norma no sentido de aprimorar seus sistemas de ensino, visando garantir condições de acesso, permanência, participação e conhecimento a todas as pessoas com deficiência ou distúrbios de aprendizagem. Não é difícil perceber, contudo, que essa lei não é ainda plenamente seguida no país, principalmente no que se diz respeito ao ensino de crianças com dificuldades de inclusão nas escolas devido a esses transtornos. Avaliar as causas desses problemas e entender os seus efeitos na contemporaneidade é essencial para combatê-lo.        É notória a falta de conhecimento acerca das doenças na aprendizagem. Esse fato é um empecilho ao reconhecimento, pela família, dos distúrbios, que são facilmente confundidos com desinteresse ou falta de atenção. Dessa forma, o diagnóstico precoce dos problemas é dificultado, o que prejudica a inserção das crianças no ambiente social também. É importante ressaltar, ainda, que as pessoas que possuem dificuldades na aprendizagem possuem inteligência normal, ou até mesmo superior à média, demonstrando que a identificação do problema é essencial para um ensino eficiente aos alunos que convivem com essas doenças.       Em qualquer sala de aula há alunos com mais facilidade e outros com maior dificuldade para acompanhar as tarefas. Há pessoas que não conseguem se adaptar aos colegas de sala de aula nem acompanhar a matéria. Se ler e escrever pode se tornar muito complexo, que dirá as demais informações. Estima-se que de 40% a 42% dos alunos nas séries iniciais tenham dificuldades para aprender e que destes, 4% a 6% têm transtornos de origem neurobiológica.       Dentre os fatores citados e inúmeros outros, ainda é preciso reconhecer que as instituições de ensino do país, em geral, não estão aptas a acolherem alunos com necessidades pedagógicas especiais, pois a maioria das escolas carecem de profissionais qualificados para a inclusão dos alunos que possuem dificuldade no processo educacional. Sendo assim, crianças que sofrem com o déficit de atenção e o autismo, por exemplo, são deixadas à margem no sistema de ensino-aprendizagem e sofrem com a exclusão e baixa estima.       Portanto, é necessário que o Ministério da Educação, aliado a organizações sociais, divulgue à população, através da mídia, as causas e o que são os distúrbios na aprendizagem. Além disso, o Poder Público deve disponibilizar cursos presenciais para os docentes da rede pública que ensinem sobre o ensino especializado às crianças com dificuldades escolares e que aumente a percepção deles na identificação desses problemas, a fim de alertar os pais sobre o assunto.