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Enviada em: 26/05/2019

O avanço nos estudos sobre o funcionamento da mente humana tem proporcionado novas percepções sobre o desempenho do processo de aprendizado das crianças. Segundo pesquisas, o mau desempenho escolar, em muitos casos, pode ser um fenômeno relacionado a algum nível de distúrbio de aprendizagem que, se for subestimado ou mal interpretado, pode ter efeitos adversos estendidos e prolongados na vida escolar. O difícil diagnóstico de quadros de distúrbio de aprendizagem é um fator complicador. Entre psicólogos e psiquiatras, é recorrente a afirmação de que as disfunções de ordem neurológica são complexas de identificar, dependendo de baterias de testes que podem levar anos para serem completados. Devido ao aprofundamento das pesquisas sobre o tema ser bastante recente, é comum o desconhecimento, entre os profissionais da educação, sobre a percepção de sinais de distúrbio de aprendizagem e sobre as maneiras de lidar com eles. O desconhecimento e o medo do preconceito também podem fazer as próprias famílias relutarem em perceber e aceitar indícios de distúrbio, causando demora na busca por auxílio especializado. Esse quadro agrava a dificuldade de diagnóstico e obtenção dos benefícios de um tratamento. Os alunos com necessidades especiais vivenciam dificuldades em escolas despreparadas para atendê-los, comprometendo sua socialização, seu desenvolvimento e o aproveitamento de seus melhores potenciais. Mas essas dificuldades podem ser mitigadas com a ação conjunta do governo, dos educadores, da mídia e das famílias. Ao governo compete a criação e manutenção de mais escolas especializadas e centros de diagnóstico e acompanhamento de distúrbios; aos educadores cabe o aprimoramento para lidar com situações especiais; à mídia a promoção de campanhas para esclarecimento e redução do preconceito; e às famílias a atenção aos educandos, buscando a ajuda especializada se for necessário.