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Enviada em: 14/06/2019

A alfabetização constitui-se como  direito social e princípio fundamental da República federativa do Brasil.Porém,a atenção inadequada prestada pelo Estado aos portadores de dislexia  e deficiência intelectual,por exemplo, simboliza uma barreira que impede a alfabetização  e a consequente socialização desses indivíduos,ferindo a dignidade da pessoa humana e restringindo o acesso à educação.                             Nesse sentido,os fenícios criaram sua  forma de escrita para facilitar as negociações e a socialização dentro de seu território.No Brasil,de modo a promover a socialização,o artigo 6 da Constituição Federal estabelece que a educação é um direito social de todos os brasileiros.Todavia,quando o Estado não oferece condições de alfabetização,dificulta-se a socialização dos indivíduos portadores de transtornos de aprendizado,fato que vai de encontro a carta magna e fere a dignidade da pessoa humana,pois sem comunicação não há socialização.Além disso,segundo o instituto Neuro Saber,se o indivíduo com transtorno de aprendizado não desenvolve a leitura,habilidade aprendida antes da escrita, não desenvolverá a escrita autônoma e,assim,não poderá avançar  e aprender a habilidade da fala ,impedindo a comunicação ou socialização  da criança ou adolescente com distúrbios de linguagem .                                                                                                                                                                           Consequentemente,diante da dificuldade,ou impossibilidade,de comunicação,isola-se os indivíduos portadores de transtornos no aprendizado,promovendo o distanciamento entre sociedade e transtornado e,portanto, agravando as dificuldades no aprendizado do mesmo .Ademais, há de se destacar que a maioria das escolas públicas não possuem psicólogos que possam identificar as deficiências de aprendizado e orientar os professores sobre como devem lidar com esses alunos e ensinar-los,sendo que precisam  receber  atenções especiais.                                                                                                                              Em suma, há uma série de rituais para o aprendizado de pessoas com transtornos de aprendizagem ou linguagem e são necessárias ações de políticas públicas e educacionais,de modo que se ofereça uma educação consistente aos mesmos.Logo, é mister que o Estado, por meio do  Ministério da Saúde e Ministério da Educação, implante  psicólogos em todas as escolas públicas,para que possam   identificar   crianças ou jovens com transtornos de linguagem e aprendizado e tratar-los ,encaminhando-os aos centros psicossociais.Outrossim, é necessário que psicólogos e psiquiatras,com o auxílio das secretárias de saúde estaduais, realizem treinamentos de professores visando capacitar-los  na alfabetização e inserção social dos indivíduos com transtornos de linguagem ou aprendizagem.Desse modo,alfabetizando os indivíduos com tais transtornos,o Estado cumprirá sua obrigação para com a sociedade  e esses mesmos indivíduos poderão desenvolver grandes habilidades sociais.