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Enviada em: 16/06/2019

Desde a revolução Francesa, percebe-se como a alteridade é essencial para mobilização e conquista dos direitos humano. No entanto, na contemporaneidade, ao verificar as dificuldades de crianças com distúrbios de aprendizagem para se inserir nas escolas brasileiras, percebe-se que a mobilização é algo apenas constado em teoria, mas não em prática. Nessa perspectiva, cabe analisar fatores que não podem ser negligenciados para atender as demandas desse público, como as objeções enfrentadas pelo sistema político para assegurar a oferta de educação e os impactos sociais na vida infantil, pela falta de preparo escolar.   É fundamental compreender que a questão política e suas aplicações estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo Michel de Montaigne, a mais honrosa das ocupações é servir o público e ser útil para a vida das pessoas. De maneira análoga, percebe-se que essa atuação não é concretizada pelo país, já que há pouco investimento governamental em profissionais qualificados para suprir as necessidades dos alunos com distúrbios de aprendizagem, e o problema persiste pela falta de fiscalização e administração pública para construir um lugar adaptado para essas crianças.   Ademais, convém frisar como a escassez de serviços da educação fragiliza esse grupo. A falta de suporte para esses alunos, desde a infância, pode dificultar sua formação profissional e sua inserção no mercado de trabalho, tornando-se uma população dependente da renda familiar ou de um auxílio do governo para garantir seu sustento. De acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano, o Brasil está posicionado em 79º lugar evidenciando falhas na qualidade de vida do país, e na educação pode ser encontrado essa deficiência.   É evidente, portanto, que há muitos entraves para se solidificar políticas que garantam a igualdade no ensino. Dessa forma, cabe ao Ministério da Educação intensificar seus investimentos em profissionais especializados no ensino de alunos com distúrbios de aprendizagem, ofertando cursos e capacitações com psicólogos e psicopedagogos, assegurando desenvolvimento escolar e cultural. Além disso, o Poder Legislativo pode fomentar leis que intensifiquem a adesão de escolas e empresas que garantam a inclusão física e social de pessoas com necessidades, através de investimentos em projetos, subsídios fiscais e cotas. Para que assim, seja possível preconizar a ideia de igualdade e bem estar comum, defendida durante os anos de Revolução Francesa.