Enviada em: 19/07/2019

Sob a perspectiva filosófica de São Tomás de Aquino, todos os indivíduos de uma sociedade democrática possuem a mesma importância, além dos mesmos direitos e deveres. Entretanto, fica evidente um problema quando essas pessoas têm algum distúrbio de aprendizagem como, por exemplo, o TDAH(Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) já que essas pessoas costumam sofrer com menosprezo e até mesmo segregação. Diante disso, tornam-se passíveis de discussão os desafios enfrentados, no que se refere à inclusão dos indivíduos que tenham algum distúrbio de aprendizagem nas escolas.       Frente à problemática em questão, pode-se tomar como primeiro ponto a ser ressaltado a falta de informação disseminada sobre essas doenças na mídia, sejam em telejornais, jornais impressos ou na internet, o que torna o acesso à informação sobre a doença distante da população no geral. Resultante disso é uma população ignorante sobre o assunto, e o senso comum acaba por macular a imagem desses portadores de necessidades especiais, espalhando notícias falsas sobre as doenças. Isso acaba gerando casos como o veiculado pelo portal G1 sobre o menino de 9 anos que sofreu "bullying" na escola em que estudava, apenas por não conseguir acompanhar a velocidade de aprendizagem dos companheiros de classe. Isso gerou um caso de depressão no garoto ao ponto dele sair da escola.       Em conjuntura, o baixo investimento na área de pesquisa sobre distúrbios mentais no Brasil também se mostra como fator relevante no que concerne à inclusão de pessoas com esses problemas. A ONUBR(Organização das Nações Unidas no Brasil) publicou uma denúncia da OMS(Organização Mundial da Saúde) em seu site relatando que o investimento em saúde mental no Brasil está crescendo em ritmo insuficiente. Ou seja, a área não recebe atenção ideal, em decorrência disso, pouco se fala sobre os distúrbios, agravando ainda mais a ignorância da nação sobre o assunto.       De acordo com as informações supracitadas, medidas devem ser tomadas, a fim de melhorar a inclusão de pessoas com essas necessidades nas escolas. Para tal, o Ministério da Saúde deve investir mais em recursos na área da pesquisa desses problemas, fazendo com que o processo de entendimento sobre ela e o desaparecimento de preconceitos sejam mais rápidos. Além disso, o Ministério da Educação em parceria com as escolas e pais dos alunos deve promover palestras explicando a doença para, assim, quebrar os paradigmas sobre ela. Por conseguinte, um dia possa viver a sociedade utópica de São Tomás de Aquino onde realmente os indivíduos possuem a mesma importância e direitos.