No Brasil, o direito de todos a educação, estar expresso no artigo 205 da Constituição Federal. Mas perce-se, que os alunos com distúrbio de aprendizagem, enfrentam dificuldades de inserção no ambiente escolar. Na prática, o direito de inclusão desses alunos, não tem sido garantido, dentre outros fatores, devido a falta de formação adequada dos professores. Isso é evidenciado, através da insegurança dos educadores ao se depararem com esses alunos em sala de aula, assim como, pelas escassas estratégias pedagógicas construídas em prol da acessibilidade e aprendizagem dos referidos dos mesmos. A falta de formação adequada dos professores para atuarem num contexto escolar de diferenças, tem sido um dos grandes entraves no processo de inclusão dos alunos com distúrbio de aprendizagem . Sem a devida formação, que instrumentalize o educador para planejar e realizar uma aula mais dinâmica e que leve em consideração as peculiaridades desses alunos, ele acaba culpando a família ou até mesmo o próprio aluno por não conseguir acompanhar os conteúdos ministrados. Assim, as estratégias desenvolvidas em sua prática pedagógica não levam em consideração o potencial desses alunos, nem mesmo as dificuldades. O que acaba contribuindo para fortalecer o processo de exclusão, pois, conforme alerta Tereza Mantoan, sem conseguir realizar as atividades solicitadas os alunos se sentem desmotivados, aumentando o sentimento de incapacidade e consequentemente ampliando o índice de reprovação ou evasão. Desse modo, sem uma adequada formação dos professores, a exclusão só aumenta. Cabendo assim, as Universidades ampliarem o trabalho intersetorial e proporcionarem durante a graduação dos futuros professores, rodas de conversas, cursos, palestras e oficinas sobre os distúrbios de aprendizagem, realizando parcerias com profissionais na área da saúde, dentre eles, psicopedagogos, fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais, afim de juntos construírem estratégias inclusivas.