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Enviada em: 06/05/2018

Não são poucos os fatores envolvidos na discussão acerca das dificuldade do acolhimento de refugiados. O mundo vive atualmente a mais grave crise de refugiados desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Com isso, milhões de pessoas foram obrigadas a deixarem seus lares, fugindo de guerras, conflitos internos e violações de direitos humanos em busca de abrigo. No entanto, existem alguns entraves para a proteção internacional. Dessa forma, basta analisar a recusa de algumas nações em prestarem suporte aos refugiados, como, também, a difícil inserção social existente.   Em primeiro lugar, vale ressaltar que, segundo o Artigo 14 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países. Todavia, isso não condiz com a realidade mundial, visto que alguns países impuseram restrições para o acolhimento dessas pessoas. Como, por exemplo, a Hungria, que construiu um muro de 175km de extensão com a Sérvia e aprovou leis que punem com até 3 anos de prisão quem entrar ilegalmente no país. Isso ocorre, devido ao discuso xenofóbico de uma parcela da sociedade européia, que acredita que a presença dos refugiados aumente as chances de ataques terroristas e a competição por postos de trabalho. Assim, nota-se uma afronta aos direitos humanos e um desrespeito à vida.   Ainda nessa questão, é fundamental pontuar que refugiados são pessoas que fogem de seu país de origem alegando perseguição por motivos raciais, religiosos, políticos ou socioeconômicos. Nesse contexto, contrário ao esperado, as adversidades existentes não cessam ao chegar no país de abrigo. Questões como falta de moradia, acesso ao mercado de trabalho, preconceito, difícil acesso à educação e à saúde são impassem comuns de quem busca acolhimento em outros países. Isso advém, principalmente, da visão deturpada que a sociedade possui a respeito do conceito de refugiado.e da falta de auxílios governamentais.Por isso, a permanência saudável do imigrante enquanto acolhido pelo país fica ameaçada, uma vez que ele não sente-se parte do corpo social e enfrenta desafios diários.   Nesse sentido, ficam evidentes, portanto, os elementos que colaboram para o atual quadro negativo. Desse modo, cabe à ONU, através de medidas punitivas, como multas vigorosas, penalizar os países que não cumpram os marcos estabelecidos pelo Direito Internacional Humanitário e não ofereçam abrigo aos refugiados, com o propósito de reduzir as restrições contra os exilados. É imprescindível, também, que as ONGs em parceria com os Meios de Comunicação, através de propagandas e campanhas públicas, esclareçam à população a vulnerabilidade das pessoas que buscam refúgio e a necessidade de prestar apoio, visando erradicar o preconceito existente e possibilitar a inclusão. Assim, gradativamente, a frase de Gandhi fará sentido: "O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente".