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Enviada em: 11/08/2018

Na Grécia Antiga, o preconceito contra os estrangeiros - sem o reconhecimento dos seus direitos como os outros indivíduos - era muito frequente, visto que, apenas os gregos eram considerados cidadãos. Na atual conjuntura, esse fenômeno não é diferente, uma vez que, a rejeição e as dificuldades no acolhimento de refugiados afetam toda a sociedade, representando, assim, um desafio a ser enfrentado de forma organizada. Dessa maneira, é necessário avaliar-se as causas desse cenário, que prejudicam, infelizmente, as relações sociais, para então, solucioná-lo.    De início, cabe salientar-se que, a xenofobia é uma das principais razões para o agravamento na crise de recebimento dos refugiados no Brasil. Sabe-se que, a discriminação à esse grupo relaciona-se com o medo da população, mormente, em perder seu emprego, a qual vê no imigrante uma constante ameaça e competição. Posto isto, essa situação contraria a Constituição Federal de 1988, que afirma: todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Assim, é inadmissível que atitudes hostis, ainda, existam, como a que ocorreu com o vendedor de esfirra sírio, que foi hostilizado e verbalmente agredido, enquanto trabalhava em Copacabana, no Rio de Janeiro, em 2017.      É notório, ainda, que a falta de estrutura eficiente para receber esse grupo, também, pode ser relacionada aos problemas dos refugiados. Segundo o jornal El País, mais de 40.000 venezuelanos, após a crise política do Governo de Maduro, decidiram migrar e encontram-se no estado de Roraima, sem nenhum tipo de assistência médica, alimentar ou escolar. Ademais, as dificuldades de conseguir os benefícios sociais, moradia, trabalho e as diferença de língua e cultura existente, caracterizam a complexidade do acolhimento eficaz desses indivíduos. Logo, eles instalam-se em condições precárias e intolerantes nas cidades brasileiras.     Dessa forma, o acolhimento de refugiados requer ações mais efetivas para que todos recebam tratamento adequado. Nesse sentido, o Governo Federal deve criar mais políticas de imigração, por meio do Ministério da Justiça, com a ampliação de campanhas contra a xenofobia, valorizando as diferenças e uma cultura brasileira de acolhimento, além de ampliar os postos de cadastramento nos estados mais necessitados, a fim de, agilizar o cadastro eletrônico e o recebimento do auxilio governamental, como a carteira do SUS, acesso aos cursos de língua portuguesa, aos programas de busca por empregos e cursos de capacitação profissional. Espera-se, com isso, garantir maior inclusão na sociedade e minimizar a problemática.