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Enviada em: 24/06/2018

Durante o Holocausto na Segunda Guerra Mundial, muitos judeus tiveram que deixar a Alemanha devido à esse extermínio em massa, deslocando-se para outros países. Atualmente, o Brasil recebe refugiados de várias nações como a Síria e a Venezuela, por exemplo. Entretanto, observa-se que muitos estrangeiros, ao chegarem, enfrentam desafios tais como dificuldades para obter moradias dignas, assim como obstáculos para conseguir empregos. A maioria dos refugiados que chegam ao país encontram problemas, especialmente em relação às condições de moradia. Nota-se que as imobiliárias cobram altos preços de aluguéis para quartos compartilhados, além de exigências burocráticas como comprovação de renda. Por conseguinte, essas pessoas acabam morando em locais com condições precárias, principalmente em favelas. Além disso, as políticas de moradia para imigrantes e refugiados são ineficientes, visto que o acolhimento é temporário, há falta de leito e há restrições, isto é, não são todos os lugares que acolhem famílias completas. Segundo Isabel Marquez, representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), os emigrados têm a tendência de morar em favelas e estabelecimentos informais em condições muito precárias ou pagam aluguéis muito altos. Sendo assim, essa afirmação comprova a difícil situação dos refugiados para com a moradia no Brasil.  Ademais, a dificuldade para conseguir empregos permeia a realidade da maioria das pessoas refugiadas no país. Muitas não são contratadas, principalmente por preconceito racial e cultural, por grau inferior de escolaridade ou devido à dificuldade com o idioma português. Consequentemente, o desemprego e o surgimento das situações de submissão à condição análoga ao trabalho escravo são frequentes. Também há casos de mulheres que se prostituem em razão da falta de emprego. Um exemplo que comprova essa situação é o caso de venezuelanas que foram para a cidade de Boa Vista, no Estado de Roraima, com o intuito de trabalharem em boas condições, bem como desfrutarem uma vida estável. No entanto, por não conseguirem emprego, entraram no mundo da prostituição. Torna-se evidente, portanto, que os refugiados, ao chegarem no Brasil, encontram diversos obstáculos como a moradia e o trabalho. Logo, pede-se ao Ministério da Justiça, juntamente com o Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), que aprimore as políticas de integração social por meio da distribuição de mais moradias, de modo que atenda a maioria das famílias com uma maior quantidade de leitos, para que os estrangeiros sejam acolhidos de uma maneira digna. Cabe também Ministério do Trabalho fiscalizar com maior frequência as empresas, visitando-as para saber se contratam refugiados a fim de que essas pessoas possam adquirir maiores oportunidades de emprego e estabilidade financeira.