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Enviada em: 04/07/2018

O ser humano necessita viver em comunidade e estabelecer relações interpessoais. Todavia, perante a conjectura aristotélica, política e naturalmente sociável, inúmeras de suas ações amorais corroboram o contrário. Nesse viés, hodiernamente, no que concerne à árdua recepção dos refugiados no território nacional, é perceptível que essa situação deplorável está intrínseca à sociedade civil por decorrência não apenas pela coletividade, tal como pela indolência do Estado. Urge, em suma, uma mobilização homogênea da conjuntura social e do Ministério Público para combater o estorvo.      Convém ressaltar, a princípio, que a incomplacência com os refugiados é reflexo do convívio em um meio gregário dotado desse costume. Por esse panorama, consoante ao postulado durkheimiano, o fato social são normas culturais e convicções que transcendem a entidade civil e podem exercer domínio coletivo. Sob tal perspectiva, depreende-se que intransigência contra os exilados assemelha-se à ótica do antropólogo, isto é, se uma criança convive em um âmbito no qual os indivíduos manifestam essa ação, deveras, irá incorporá-la por virtude da sociabilização. A lógica intolerante, por conseguinte, é transmitida por intermédio de gerações, amplificando, hiperbolicamente, o laborioso acolhimento.      Ademais, é pertinente enfatizar-se o vilipêndio do Poder Executivo como um aspecto hegemônico para intensificar a negação dos refugiados. Nesse contexto, conforme promulgado na Declaração dos Direitos Humanos, é dever do Estado garantir condições básicas para a sobrevivência dos refugiados, independente de qualquer atributo. À vista dessa cláusula, infere-se que os fugidos deparam-se, de fato, com uma circunstância de displicência, ou seja, embora esteja no decreto o dever do amparo governamental, é irrefutável que o ato permanece na idealização,conjuntamente, com as exíguas práticas preventivas para confrontar a segregação dos foragidos. Outrossim, segundo os princípios aristotélicos, a política deve ser utilizada para alcançar a justiça. Logo, uma diretriz do Poder Público é essencial para transpor a barreira da dificuldade de inclusão dos refugiados no solo brasileiro.      Portanto, indubitavelmente, é necessária uma medida para transfigurar esse cenário repulsivo. A fim de mitigar o entrave, é imensurável a relevância da família, em consonância com a instituição educacional, na fomentação do intelecto e da moral dos jovens brasileiros, por meio de dicções, apresentações artística e atividades lúdicas que visem contemplar as divergências e respeitá-las, assim como demonstrar o ato insalubre do etnocentrismo, cuja finalidade é atenuar as dificuldades da penetração dos refugiados no tecido social, para que a nação disponha de um desenvolvimento sociável e tolerante.Assim ,a partir dessa medida, o fato social, a imoralidade e a injustiça poderão ser  suplantadas de forma gradual na pátria brasileira.