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Enviada em: 12/07/2018

Segundo Hannah Arendt em "A banalidade do mal", o pior mal é aquele visto como algo corriqueiro e cotidiano. Sob essa ótica, ao observar-se os diversos empecilhos em relação ao acolhimento dos refugiados, percebe-se que o pensamento de Hannah é constatado tanto na teoria quanto na prática e a problemática segue intrínseca à realidade do Brasil. Nesse sentido, convém uma análise de como a xenofobia e a falta de estrutura necessária colaboram  para o impasse.    É indubitável que a questão xenófoba esteja entre as causas do problema. Segundo dados divulgados pela Secretaria Especial de Direitos Humanos, o número de denúncias por xenofobia entre os anos de 2014 e 2015 aumentou em cerca de 633%, (ato que evidencia tal barbárie). Por consequência, o Poder Legislativo ao tentar compor leis de ajuda aos exilados, acaba por ter receio de manifestações e rebeliões causadas por parte da população possuidora de um nacionalismo exacerbado.    Outrossim, um ponto também importantíssimo está ligado à ausência de uma estrutura eficiente para o abrigo dos exilados. Por conta da ausência de uma infraestrutura que dê abrigo eficaz a essas pessoas, diversos países acabam, por resultado, não conseguindo dar uma boa moradia aos expatriados. Por conseguinte, ao terem receio do possível desafio financeiro, alguns países como Brasil optam por não acolher os refugiados.     Nesse sentido, portanto, medidas são necessárias para resolver esse problema. Para o pedagogo Paulo Freire a educação muda as pessoas e essas mudam o mundo. Destarte, o Ministério da Educação e as secretárias educandárias devem financiar palestras ministradas por profissionais conhecedores do assunto, com o intuito de evitar a perpetuação do pensamento xenófobo nas futuras gerações. Ademais, parcerias público-privadas entre o Ministério das Cidades e o Departamento de Infraestrutura(DNIT)  são imprescindíveis para uma boa estrutura de abrigamento ser efetuada. Dessa forma, os asilados terão mais amparo, além de terem o mínimo que um ser humano tem direito.