Materiais:
Enviada em: 20/07/2018

Refugiados: uma crise que devemos aprender a enfrentar    É considerado refugiado aquele que sai de onde mora, e busca outro lugar para viver por motivos de guerras e conflitos. A quantidade de pessoas refugiadas hoje no mundo é de 65,6 milhões, é a mais grave crise desde o fim da 2ª Guerra Mundial, segundo a ONU. No entanto, apesar de serem acolhidos nos lugares em que aportam, esses refugiados vivem às margens da sociedade. Há um bilhão pessoas no mundo vivendo em favelas, tendência impulsionada pela onda de refugiados que se instalam em condições precárias. Desse modo, o questionamento a ser feito é: por que é tão difícil acolher esses refugiados?      Em contrapartida ao que ocorre hoje, na Segunda Guerra Mundial os refugiados eram vistos como uma vantagem nos lugares em que pediam refúgio, por causa da forte escassez de mão-de-obra. Entretanto, hoje há muita dificuldade em adaptação porque eles são vistos com desconfiança pela população. Principalmente na Europa, que ainda não saiu da crise de 2008, e que por isso a taxa de desemprego ainda é alta, os refugiados são vistos como concorrentes aos postos de trabalho, o que dificulta a adaptação.      A desconfiança, porém não ocorre apenas no mercado de trabalho, mas também em relação ao terrorismo. Se antes os refugiados eram maioria brancos e europeus, e agregavam ao mercado de trabalho, agora a maior parte é proveniente da África e do Oriente Médio e causa suspeitas e medo pelo fato de ter uma cultura e religião diferente dos lugares onde procuram asilo. Esse fato é causa de generalizada xenofobia, ou seja, o medo do diferente causa um distanciamento e indiferença da sociedade em relação ao refugiado.      Dessa forma, esses fatores citados acima retardam a adaptação e integração do emigrado no país em que pede asilo. Contudo, a visão que deve ser modificada pelos países que recebem refugiados é a de que o diferente muitas vezes pode agregar na sociedade. Assim como ocorreu anteriormente, o refugiado pode ser visto como um cocriador da sociedade em que está vivendo, e ajudar no desenvolvimento dela. Conforme o vice-secretário geral da ONU, “as cidades que fizerem isso estabelecerão uma relação de ganha-ganha baseada em diversidade e crescimento”.