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Enviada em: 16/07/2018

Intolerância racial, perseguições religiosas, incompatibilidades religiosas e ideológicas foram as principais causas de fluxos migratórios na história da humanidade. Na contemporaneidade, o número de refugiados cresce em países que, a princípio, oferecem a oportunidade de vida melhor. Contudo o grande desafio para países-alvo é o desenvolvimento de políticas humanitárias e igualitárias aos cidadãos refugiados.       A história traz exemplos de refugiados em diversas eras. Inúmeros foram os motivos da busca de nova nação àqueles que não mais se identificavam com sua pátria ou não tiveram condições mínimas de sobrevivência. Os judeus perseguidos pelos nazistas; os haitianos que viram seu país destruído por terremoto;os africanos que viram seus países em opressão, em guerras, em estado de fome. Todos depositaram em suas bagagens a esperança de, em solo distante, ter dignidade em vida.       Todavia nem todos os refugiados encontraram uma nação preparada e receptiva aos cidadãos do mundo. O que Oskar Schindler foi para centenas de judeus, pouquíssimos países no mundo, hoje, são para os milhares de refugiados. Os diversos meios de comunicação divulgam o despreparo ou negativa de aceitação desses povos, como na Itália e na Grécia. Outros definem políticas públicas que não atendem à demanda, como França e Alemanha. Ainda há casos de países com nenhum planejamento para recepção da população refugiada, como no Brasil. O que se reporta na fronteira entre Brasil e Venezuela corrobora a ausência de tais políticas e reflete o estado de desumanidade do país-nação.       Diante do exposto, as nações pelo mundo precisam definir se aceitam a entrada de refugiados. Isso se faz necessário para que, mesmo em momentos de desespero, os refugiados evitem países pouco tolerantes. Os Estados Unidos, com sua política conservadorista, expõe a negativa de recepção de outros povos. Para aqueles que seguem o proposto pelas Organizações das Nações Unidas, há de se planejar e executar política para recepção, acomodação e direcionamento dos refugiados.       Ademais, busquem-se modelos de políticas públicas bem sucedidas, nos mais diversos países, aos refugiados: o reconhecimento da importância dos diversos povos para formação de um país forte e competitivo; o mapeamento para acomodação das famílias; o direcionamento da mão-de-obra para áreas deficitárias; o desenvolvimento de medidas assistencialistas àqueles sem condições imediatas para contribuição ao novo país; disponibilidade aos programas de saúde, educação, habitação e outros. Por maior que seja a boa vontade do país alvo, se não existirem condições mínimas para sobrevida com dignidade dos refugiados, é melhor construir um muro ideológico e não aceitá-los.