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Enviada em: 23/07/2018

No mundo contemporâneo, regido por conflitos e guerras nas mais diversas pátrias, de Somália (na África) à Venezuela (na América do Sul), muitos países oferecem ajuda humanitária e acolhimento aos refugiados, vítimas de perseguições e repressões. Entretanto, muitos refugiados, ao serem inseridos em suas novas pátrias, não conseguem ingressar em uma instituição de ensino e outros não conseguem sequer empregos para reiniciarem suas vidas. Além disso, muitas nações negam acolher os refugiados por pura xenofobia e insensibilidade com o próximo. Dessa forma, é necessário analisar as difíceis questões de acolhimento de refugiados para resolvê-las e garantir um maior avanço social.   Em primeiro plano, é válido mencionar que acolher é diferente de somente oferecer abrigo e alimentação ao refugiado. Isso é de fundamental importância para um maior avanço social, sobretudo na maioria dos países europeus, que oferecem alimentação e abrigo aos muitos refugiados sírios e africanos, mas não os acolhem e os reinserem em suas sociedades e muitos chegam a viver, em média, 17 anos em campos de refugiados para depois serem marginalizados, segundo a ONU. Assim, progressivamente, a diferença étnica, racial e religiosa, vem a ser acentuada nas pátrias acolhedoras, tanto quanto a diferença gerada pelo Apartheid, o que se consagra como um problema para as futuras gerações.  Logo, é necessário o proposto pelo sociólogo Paulo Freire, que ninguém liberte ninguém, mas que, através da comunhão e de políticas sociais, todos se libertem em comunhão.    Ademais, é necessário salientar que a insistência de muitas nações em não acolher os refugiados não é minimamente razoável e fere os Direitos Humanos. Assim, muitos países, sobretudo muitos do leste europeu, como a Polônia, tentam justificar a sua insensibilidade com base na crise econômica, o que é, claramente refutável, afinal, países em crises sem precedentes como o Brasil, acolhem milhares de venezuelanos refugiados, comprovando que é um problema de sensibilidade. Ademais, o refugiado pode ser um gênio como o alemão Albert Einstein, que, fugindo do nazismo, desenvolveu teorias físicas e ganhou o prêmio Nobel em território americano, investindo em projetos e movendo a economia local. Por fim, na pior das hipóteses, o refugiado pode exercer trabalhos informais, mas que movem a economia, geram impostos e auxiliam a sustentar o carregado sistema de previdência dos europeus.     Portanto, infere-se que, ainda há problemas de aceitação ao refugiado e de acolhimento socialmente saudável. Logo, urge que os países que não aceitem acolher refugiados recebam sanções severas, como a expulsão da União Europeia e sofram embargos econômicos pelas nações que estão em conformidade com a ONU, a fim de colaborarem com a questão. Urge, também, que nações acolhedoras criem leis de cotas de mercado e universitárias para reinserir socialmente os refugiados.