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Enviada em: 17/07/2018

Desde o momento em que as civilizações iniciaram suas formações e despertaram, ambiciosamente, para o expansionismo militar, concebeu-se a complexa questão do refugiado. Uma das mais antigas referências sobre o assunto remete ao século VI a.C, onde os babilônios, liderados por Nabucodonosor, derrotaram os judeus e provocaram a primeira diáspora, dispersando esse povo por diversas regiões orientais. Após tantos anos (e conflitos), a temática dos povos refugiados ainda permanece presente na realidade mundial.            Apesar do lapso temporal entre o conflito supracitado e o presente, uma indubitável morosidade mundial quanto à questão do acolhimento desses povos retirantes se faz notória. Nesse sentido, percebem-se comportamentos governamentais contrários às questões humanitárias, realçando a insensibilidade humana e a indiferença quanto à Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948.               Não obstante, contrariamente ao conservadorismo mundial, Angela Merkel, a chanceler alemã, tem se posicionado favoravelmente à admissão dos refugiados da guerra na Síria, elevando o patamar humanitário das relações diplomáticas. Embora se esperasse que tal atitude incentivasse os demais países do mundo a adotarem posturas similares, a reticência e cautela permanecem ainda como comportamento majoritário.             As razões alegadas para a excessiva cautela na admissão dos expatriados por diversos países se apoiam  em discursos impregnados de argumentos rasos edificados em bases xenofóbicas. Dessa forma, sob um pretenso discurso de segurança nacional, patriotismo, preservação da economia e o pleno emprego, coíbe-se o amparo a um contingente carente e, provisoriamente, sem perspectiva. E mais ainda, desconsidera-se, levianamente, o potencial valor produtivo e cultural que esses estrangeiros poderiam oferecer a nação que os acolhe.              Diante disso, é dever dos líderes mundiais, manifestamente a favor do acolhimento aos refugiados, rechaçar publicamente às indiferentes posturas quanto à cooperação pela solução do problema. Consequentemente, a escalada de argumentos separatistas poderia ser freada, impedindo um provável retrocesso das relações humanas. Ainda sob essa perspectiva, possibilitar-se-ia a instalação de cenários mais promissores para instauração de medidas multinacionais para a contenção da gravidade da situação dos refugiados. Por exemplo, seria oportuna a criação organização de gestão e apoio financeiro entre as diversas nações do mundo com o intuito exclusivo de apaziguar a problemática em questão. Assim, as nações reconheceriam suas responsabilidades históricas pelos cenários criados, promovendo um prospecto de altruísmo frente às relações internacionais.