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Enviada em: 21/07/2018

No filme "Era uma vez em Nova York", ambientado na década de 1920, as irmãs polonesas ewa e Magda vão à Nova York em busca de melhores oportunidades de vida. Mas assim que chegam, Magda adoece e Ewa, desamparada, acaba nas mãos do até então desconhecido Bruno, que com o desenrolar da trama, força a estrangeira a se prostituir. Tal enredo mostra uma situação que se mostra presente ainda hoje, em que boa parte dos refugiados encontra uma imensa dificuldade em encontrar um país que os acolha e que não os explore.       Nota-se que os refugiados são aqueles que deixam seus países de origem por conta de conflitos ou quando têm algum direito essencial alienado. Tendo em vista isso, muitos chegam em condições de vulnerabilidade, como financeira, e por isso, são tidos como mão de obra barata, levando a situações de exploração, que podem ser caracterizadas como trabalho análogo à escravidão ou à escravidão de fato, a exemplo do que vivem os bolivianos que migram para o Brasil.     Ademais, muitos dos refugiados, ao chegarem em um novo país, sofrem rejeição por uma significativa parcela da população daquele país, seja por conta de políticas de governo contrárias ao acolhimento de refugiados, a exemplo dos Estados Unidos, da Áustria e da Hungria, ou por conta de movimentos xenofóbicos. Por conta disso, os refugiados se isolam em periferias, distanciando-se da população e, dessa maneira fica impossibilitada qualquer possibilidade de integração.       Percebe-se, portanto, que o acolhimento dos refugiados afeta direta ou indiretamente milhões de pessoas. É necessário que o governo invista maior verba no Ministérios do Trabalho para que este fiscalize com maior rigor e aplique as regras que caracterizam o trabalho escravo com maior clareza e, concomitantemente a isso, é importante que o Ministério Público puna de maneira veemente o explorador. E com o mesmo rigor, a ONU por intermédio da ACNUR, deve impor sanções aos países que se recusam a receber refugiados, pois assim, os refugiados terão a oportunidade de viver de forma mais digna.