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Enviada em: 17/07/2018

Guerras. Perseguição religiosa. Fome. Os motivos pelos quais as pessoas emigram de seu país de origem são nítidos, no entanto, torna-se necessário pontuar as dificuldades das nações acolhedoras. Segundo o filósofo Hebermas, o direito de asilo é um direito humano e os refugiados devem ser acolhidos com todas as consequências. Apesar disso, os custos econômicos gerados e a aversão ao estrangeiro são entraves existentes ao receber os povos afligidos.     Em primeiro lugar, são ponderáveis os custos associados ao processo de transporte, alimentação, alojamento, saúde e educação assumidos pelas autoridades nacionais com a chegada dos requerentes de asilo. Um exemplo disso é o gasto que o estado do Acre teve com os haitianos entre os anos de 2010 e 2016. Segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos do Estado, foi solicitado ao Supremo Tribunal Federal o pagamento de mais de R$12 milhões por despesas acerca do acolhimento deles. Logo, o peso econômico torna-se uma dificuldade a ser superada.     Ademais, a xenofobia é uma realidade e também um desafio a ser combatido, uma vez que a humilhação associa-se à vulnerabilidade dessas pessoas em um território diferente. Em 2017, um sírio vendedor de salgados em Copacabana, foi agredido verbalmente por um brasileiro que o chamava, dentre outros apelidos pejorativos, de "homem-bomba". Não obstante, o Conselho dos Direitos Humanos da ONU, houve o aumento dos casos de racismo e xenofobia contra os refugiados. Tal dado evidencia que a aversão ao estrangeiro é uma dificuldade acerca do acolhimento dele.     Portanto, medidas coletivas devem ser tomadas. Segundo Augusto Cury, os frágeis usam a força e, os fortes, as ideias. Logo, a ONU deve mapear os países com maior incidência de refugiados, a fim de colaborar na projeção de medidas de cunho social, como, por exemplo, a propagação da importância de diferentes repertórios culturais para superar problemas internos com o propósito de diminuir a hostilidade contra os estrangeiros. Dessarte, as futuras gerações não sentirão antipatia para com os estrangeiros, mas sim interesse, pois eles possibilitaram um maior acervo de conhecimentos gerais. Além disso, deve-se estimular a criação de um fundo monetário para atender a demanda dos refugiados em épocas de alta recorrência, uma vez que um problema global requer, pois, uma resposta global. Assim, as dificuldades de acolhimento serão ultrapassadas por meio de transformações conjuntas e tornar-se-á verdade a frase de Heráclito: "nada é permanente, exceto a mudança".