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Enviada em: 19/07/2018

Ao longo da história mundial, o processo da migração humana se faz presente. Desde o passado, fatores como guerras, invasões e situações políticas forçavam pessoas a fugirem de seus países pátrios. Em 2016, o número de refugiados cresceu e, segundo a Organização das Nações Unidas, é o maior já registrado desde a criação da própria ONU, em 1945. Esse aumento recente  dá margem para o levantamento de discursos nacionalistas que dizem priorizar a soberania nacional ao passo que desconsideram aspectos sociais, políticos e culturais de adultos e crianças que traçam o caminho ao encontro de outra nacionalidade. Sob o olhar negligente dos mais conservadores é preciso ressaltar a importância econômica e histórica daqueles que chegam em novas federações.         Nesse aspecto, destaca-se o período após a Primeira e Segunda Guerra mundiais, onde o Brasil e o mundo encontravam-se em um delicado momento econômico e o recebimento de refugiados de conflitos armados ajudaram no desenvolvimento do país. "O fluxo migratório é um importante vetor da economia", segundo o secretário nacional de Justiça e presidente do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), Beto Vasconcelos.        Sob o ponto de vista histórico, o fato é que nomes importantes da história como Albert Einstein, Sigmund Freud, Johannes Kepler, Freddie Mercury e Clarice Lispector foram refugiados e se instalaram em novos lugares que permitiram o ambiente adequado para suas produções científicas. Esses nomes embasam e evidenciam o quanto estar de braços abertos para a receptividade pode enriquecer o contexto histórico, cultural e científico de um país.           Contudo, o ambiente de aceitação é um processo delicado. Nesse aspecto, políticas públicas como cursos educacionais sobre cultura e linguagem, geração de empregos específicos e controle rígido de entrada e permanência através de banco de dados se fazem necessárias no intuito de auxiliar o recebimento e diminuir situações de conflitos.