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Enviada em: 06/08/2018

Desde os processos denominados “revoluções industriais” e a ascensão do capitalismo, o mundo vem priorizando produtos e mercado em detrimento de valores humanos essenciais. Ao se pensar a respeito das dificuldades do acolhimento de refugiados, é possível afirmar que não é uma invenção atual. No século XXI, a problemática ocorre em virtude de dois fenômenos evidentes: a falta de estrutura, associado ao xenofobismo. Assim, faz-se indispensável uma cautelosa discussão a fim de enfrentar essa nova realidade com uma postura crítica.       Torna-se incontestável que a questão constitucional esteja entre as causas do problema. Segundo filósofo grego Aristóteles, a política deve ser usada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. É notório que a Grécia Antiga é constituída por cidades estados, que surgiram devido as diásporas, isto é, deslocamento em massa de pessoas. De maneira análoga, é possível perceber que, refugiados também são grande quantidade de pessoas que saem de seus países para melhores condições de vida. Porém o Brasil não está preparado para acolher tais, a exemplo, segundo pesquisas do IBGE cercá de 6,8 brasileiros estão desempregados. Dessa forma, as condições para acolhimento não são as melhores, pois não encontra-se moradias, empregos e saúde de qualidade para todos, logo, essa população ficará a mercê da sociedade.       Destarte, não apenas a falta de estrutura, como também o preconceito, como impulsionador do problema, é um fator importante para a reflexão. O filósofo Nietzsche, expõe a teoria do Super homem, que descreve a necessidade do ser humano de ser superior aos demais. Acompanhando essa linha de pensamento, observa-se que os refugiados sofrem com a xenofobia, devido a vinda de diferentes culturas, povos e populações, o preconceito e aversão ao novo acontece, por serem taxados como inferiores.       Em suma, fica claro que ainda há entraves para assegurar a construção de um mundo melhor. Destarte, é imprescindível que o governo crie ONG's, especializadas no auxílio aos refugiados, que contem com a presença de empresas voluntárias, aliado com ajuda da população. Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas e essas mudam o mundo. Logo, o Ministério da Educação (MEC) deve instituir na sociedade civil, como familiares, estudantes, palestras de núcleos culturais gratuitos, em praças públicas, ministradas por psicólogos e historiadores, que discutam o combate a a xenofobia, salientando a diversidade cultural, pois assim, como alegou Lao Tsé, grandes atos são feitos de pequenas atitudes.