Materiais:
Enviada em: 16/08/2018

Somos sete bilhões atualmente, e, diante da situação caótica que o planeta vive, o desafio de Estados refere-se ao presente e futuro de pessoas que são obrigadas a sair de seu país e não tem para onde ir: os refugiados. Entretanto, a acomodação e o suprimento destes encontram sérios obstáculos em escala global. Nesse contexto, a negligência dos governos e o repúdio dos cidadãos nas nações que esses imigrantes se encontram colaboram para esse quadro.       Segundo Thomas Hobbes, em sua obra “O Leviatã”, “os seres humanos são egoístas por natureza e tendem a guerrear entre si constantemente. Por esse motivo, necessitam que um soberano estabeleça a paz”. Sob essa óptica, cabe aos Estados envolvidos e a Organização das Nações Unidas (ONU) amparar os indivíduos que fogem de seu país devido a guerras, fome e perseguições políticas. No entanto, atitudes de alguns governos divergem com esse princípio, por exemplo, a Grécia e a Rússia proibiram essa “migração compelida” em 2016. Além disso, mesmo acolhidos em outra nação, os refugiados ficam submetidos a condições subumanas: moradias precárias, má alimentação e violência da população nativa. Portanto, legislações ao redor do mundo devem ser revistas para enfatizar ajuda para essas pessoas.      Outrossim, de acordo com o senso comum, é perfeitamente legítimo e razoável negar auxílio aos imigrantes. Todavia, além de coloquial, essa perspectiva contraria fundamentos imperativos dos Direitos Humanos - Artigo 1º: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em direitos; devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade. Nesse sentido, conforme dados da ONU, dos 60 milhões de seres humanos considerados refugiados, 96% sofrem ou já sofreram algum tipo de preconceito por parte da sociedade em que estão presentes. Logo, esses indivíduos não conseguem empregos ou são proibidos de frequentar espaços públicos, graças ao desprezo e ódio da população.      Em suma, do ponto de vista social, não restam dúvidas que todo governo deve focar em assistências à sua nação. Porém, para prover amparo cívico aos exilados, não é necessário desprezar demandas nacionais. Desse modo, faz-se preciso que o Poder Executivo dos países que recebem refugiados proporcione a estes moradias e alimentação asseguradas, através de uma mudança em suas Constituições que seja voltada para essa prerrogativa, para que tenham o mínimo de uma vida digna. Ademais, por intermédio da ONU, o Poder Judiciário destas nações deve investigar, identificar e coibir os cidadãos que pratiquem algum tipo de descriminação com os imigrantes, seja ela física ou moral. No intuito de ajudar essas pessoas na retomada de sentimentos positivos em relação ao seu futuro.