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Enviada em: 31/08/2018

Etimologicamente, xenofobia significa medo, aversão ou a profunda antipatia em relação a estrangeiros. Essa forma de discriminação comumente é vivenciada por estrangeiros refugiados no Brasil. Há, também, outros desafios que esses indivíduos enfrentam, como falta de moradia e o difícil acesso ao mercado de trabalho, fazendo com que eles tenham dificuldades em se reintegrar à nova sociedade.     Na Era Vargas, entre os anos de 1930 a 1945, restrições à entrada de migrantes no país foi bem rigorosa, esses eram considerados indesejáveis. Com isso, em 1934, o então presidente do país, Getúlio Vargas, instaurou a Lei de Cotas, que previa o controle da entrada de estrangeiros no país. Na atualidade essa lei já perdeu sua validade, e a cada ano que se passa, mais migrantes e refugiados são recebidos no Brasil. Mas casos de xenofobia ainda ocorrem, mesmo que essa forma de violência seja considerada crime, tipificado na Lei 9.459, de 1997. Segundo dados da Secretaria Especial dos Direitos Humanos do Governo Federal, houve um aumento nas denúncias de casos xenofóbicos, de cerca de 633%, se comparado a dados anteriores.      Além disso, problemas com a difícil inserção no mercado de trabalho, pela pouca oferta de emprego e a falta de moradia fazem com que refugiados sofram uma maior vulnerabilidade econômica. Sem políticas habitacionais específicas e com condições de aluguel que, muitas vezes, exigem fiador ou pagamento de altas quantidades como garantia, torna-se inviável para o refugiado a aquisição de tal bem. Além do mais, mesmo refugiados tendo altos níveis educacionais, por muitas vezes não terem documentação necessária para comprovar tal formação ou revalidarem diplomas, que no país é uma operação simples, pois é repleto de burocracia, o que acarreta em uma maior dificuldade em conseguir empregos formais, ou de sua área de formação, tendo então que trabalhar de forma informal, com uma média salarial mais baixa.     Portanto, existem muitos desafios a serem superados pelos refugiados, por isso é preciso que os meios midiáticos, com apoio da ONU, difundam campanhas contra a xenofobia e qualquer forma de intolerância contra migrantes, conscientizando a população do crime que é cometido toda vez que se age de forma intolerante com seus semelhantes, fazendo então, com que esses não se sintam excluídos da sociedade. O Governo Federal, junto de ONGs de apoio a refugiados, devem oferecer ajuda a esses, tanto na forma de criação de políticas habitacionais que beneficia-os, como uma maior abertura do mercado de trabalho, oferecendo mais vagas de emprego, além de inclui-los no Sistema Único de Saúde, para que esses tenham o direito de uma condição de vida digna.