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Enviada em: 18/10/2018

Segundo a Acnur, Associação Internacional para Acolhimento de Refugiados, refugiados são pessoas que por motivo de guerra, graves violações dos direitos humanos ou perseguições são impelidos à fugir de seu país natal em busca de sobrevivência. Assim, muitas governos oferecem o devido refúgio para esses indivíduos em seu país. Contudo, mesmo que o país forneça oportunidades de abrigo, eles encontram barreiras para o seu pleno desenvolvimento e bem-estar no Brasil, como problemas de infraestrutura e profissionais para atendimento, além da xenofobia de alguns brasileiros.                Em primeiro lugar, deve-se destacar a falta de infraestrutura que o país oferece, como a deficiência de oferta de abrigos e empregos, esse último decorrente do fator da alta demanda tanto de refugiados, quanto de brasileiros, os quais se encontram numa crise econômica, que tem como consequência alto número de desempregados, aproximadamente 13 milhões atualmente. Além disso, há poucos profissionais de saúde para o atendimento dos refugiados, o que torna o Brasil um país sem uma estrutura forte, mesmo sendo uma nação acolhedora, como diria Andrés Ramirez, do Acnur, em relatório publicado no Dia Internacional do Refugiado.                     Embora existam alguns que constatem que o Brasil é uma nação acolhedora, existem algumas ações dos próprios cidadãos nacionais que contradizem essa constatação amigável. Dessa maneira, o sírio Mohamed Ali foi hostilizado e “verbalmente” agredido, em 2017, enquanto trabalhava em Copacabana, no Rio de Janeiro, por meio da exclamação “saia do meu país” e “o nosso país está sendo invadido por homens bombas, que matam crianças”. Assim, percebe-se e alimenta-se uma mentalidade xenofóbica, algo que pode dificultar a inserção de refugiados na sociedade brasileira.                    Em suma, é importante que o povo brasileiro seja solidário com os refugiados para que eles se recuperem e possam escolher seu próprio destino. Assim, a União e os governos estaduais devem auxiliar os municípios que atraem refugiados, por meio de planejamento conjunto e incentivos fiscais, a fim de prover mais empregos, construir abrigos e atrair profissionais, como médicos e psicólogos, que garantiriam o bem-estar físico e psicológico dos necessitados. Além disso, o Ministério dos Direitos Humanos, em conjunto com a mídia, deve, por meio de propagandas na televisão e internet, apresentar a débil situação dos refugiados e repudiar manifestações de ódio e violência contra eles. Com isso, a população reconheceria a situação precária dos refugiados e poderia mobilizar-se em favor deles.