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Enviada em: 09/10/2018

No início do século XX, com expansão cafeeira no Brasil, houve um grande fluxo migratório, sobretudo de europeus que buscavam melhores condições de trabalho. Na contemporaneidade, entretanto, vê-se que a maior parte dos deslocamentos ocorrem de modo forçado e apresentam vários obstáculos. Nesse sentido, seja devido ao preconceito e às hostilidades, seja à negligência administrativa, é essencial que o Terceiro Setor e o Estado inibam o impasse.             Mormente, é evidente que ações discriminantes corroboram a problemática. Consoante Johanm Gottfried Herder, os indivíduos dependem da sua comunidade cultural para serem felizes. Sob essa ótica, os refugiados, que fogem de conflitos internos e ameaças a sua existência, enfrentam diversas barreiras consubstanciadas, principalmente, em hostilidades as quais negam seu patrimônio cultural e afetam a agregação local. Assim, a maioria das pessoas não aceitam esses migrantes, de modo a fazer uma generalização e os associar à improdutividade, a patologias e a atos terroristas. Por conseguinte, a adaptação, tanto dos refugiados, quanto da sociedade receptora, geralmente não se torna efetiva, de forma a implicar uma relação desarmônica.             Ademais, nota-se ainda que a ausência estatal é um catalisador do problema. Segundo Hannah Arendt em sua teoria do Estado Público, os ambientes e as instituições públicas devem promover medidas inclusivas para exercer sua totalidade e genuinidade. De fato, a letargia de governos como o Brasil, concretizada na carência de políticas de integração dos refugiados, causa danos e disparidades na esfera social. Consequentemente, embora representem um número expressivo, esses indivíduos tem seus direitos omitidos, de forma a padecer com dificuldades em sua formação e na valorização de seu papel social. Destarte, o refúgio, direito garantido por uma convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) de 1951, passa a englobar barreiras as quais superam fatores físicos.              Urge, portanto, que ONG's, em parceria com organizações internacionais, devem promover campanhas, propagadas pelo setor midiático, sobre a importância do respeito e acolhimento dos refugiados, bem como criar, por meio das entidades escolares, projetos de extensão, aulas especiais e pesquisas sobre esse grupo, com encontros semanais, palestras, debates e atividades lúdicas; a fim de atenuar atitudes xenofóbicas. Outrossim, cabe às nações investirem na construção de programas sociais direcionados a essa parcela, ofertando cursos de profissionalização, bolsas de estudo e assistência médica, com o intuito de promover oportunidades aos refugiados e o crescimento econômico do país. Dessa forma, poder-se-á superar os desafios ao resguardo de refugiados.