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Enviada em: 18/10/2018

A situação dos refugiados, ao longo da história, se mostra como uma das principais tragédias humanitárias das guerras. A recente explosão desse grupo em território europeu, principalmente causada pelo conflito na Síria, reascendeu as discussões acerca desse tema. Logo, fatores culturais e econômicos são as principais causas da polêmica sobre o acolhimento dessas pessoas na contemporaneidade.     É importante pontuar, de início, o impacto do choque cultural nessas situações. Não são incomuns as denúncias de xenofobia sofridas por aqueles que chegam a uma nova nação devido a acontecimentos extremos. No Brasil, por exemplo, é observado um preocupante aumento de relatos de crimes cometidos aos venezuelanos que chegam pela região Norte do país. Essa intolerância, portanto, dificulta o processo de inclusão dos refugiados nos lugares que eles recorreram em busca de paz.     Além disso, é essencial pontuar a questão financeira nessa situação. Ainda em processo de recuperação da crise de 2008, iniciada nos Estados Unidos, a economia de muitos países não consegue absorver o fluxo de cidadãos que chega nas fronteiras. Tal fato pode ser ratificado pela postura da chanceler alemã Angela Merkel de realizar acordos diplomáticos de distribuição dos agrupamentos que alcançam a Europa. Por outro lado, é crescente a construção de muros por parte de algumas nações, com o intuito de dificultar o acesso dos migrantes.     É inegável, com isso, a relevância de fatores culturais e econômicos na problemática supracitada. Nesse viés, é dever das ONGs, juntamente com a mídia, elaborar campanhas de incentivo à solidariedade dos cidadãos àqueles que chegam em sua região. Tal medida deve ocorrer por meio de chamadas nos principais veículos de comunicação, a fim de diminuir a incidência de crimes de cunho xenofóbico. Ademais, é dever do Estado organizar acordos de recepção e integração para os refugiados. Tendo em vista a especifidade do motivo que os leva a migrar, é importante que os gestores criem abrigos e forneçam oportunidades de emprego a esse grupo. Somente assim, é possível conter as consequências dessas tragédias humanitárias atuais.