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Enviada em: 21/10/2018

O contexto da 2ª Guerra Mundial concebeu uma nova necessidade nos horizontes mundiais: a criação de uma convenção internacional que tornava basilar o acolhimento de refugiados nos países anfitriões. Todavia, apesar de tal acordo datar de 1951, os crescentes níveis de preconceito e xenofobia dificultam a adesão harmônica de tais grupos na sociedade, além de corroborar com o aumento da população que se encontra em condições de vulnerabilidade social. Com efeito, um diálogo entre sociedade e  Estado é medida que se impõe.  Em primeiro plano, cabe ressaltar que a xenofobia configura-se como um dos principais agentes que estorvam o acolhimento de grupos refugiados. De fato, como preconizado por Albert Einstein, é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado. Assim, motivados, muitas vezes, por medo, preconceito, ou desconhecimento, muitos indivíduos simpatizantes à ideologia xenófoba apresentam comportamento agressivos quando em contato com o contingente migrante. Tal aculturação humanitária, contudo, apenas contribui para o incremento de consequências desastrosas para ambos os lados.  É notório, consequentemente, o acréscimo dos percentuais de famílias morando em favelas ou vivendo em mendicância, não obstante os números atinjam a marca de um bilhão de pessoas no mundo todo. Isso pode ser explicado justamente pelas precárias condições que tais comunidades de refugiados encontram nos países que se hospedam. Quando acolhidos pelo governo local, entretanto, tais grupos migrantes muitas vezes são encarados como problema em detrimento de uma ótica baseada na diversidade e no crescimento, que classifica a migração como força benéfica para determinada região.  Urge, portanto, que mídia e governo cooperem para mitigar os efeitos negativos de tal questão. É imprescindível que, através de legislações, haja um comprometimento internacional mútuo no que tange à criação de políticas que visem reinserir o indivíduo na nova sociedade, promovendo o acesso a empregos, educação e saúde. Outrossim, cabe a mídia veicular propagandas, novelas, programas, etc. de cunho educativo, de modo a estimular o pensamento crítico da população em relação à incorporação de valores de respeito as diferenças, o acolhimento de migrantes e a paulatina erradicação da xenofobia. Deste modo, no futuro poderemos nos lembrar desse fato como situação não mais presente no cotidiano das pessoas.