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Enviada em: 27/10/2018

A constituição cidadã de 1988 assegura a todos o direito à moradia e ao bem-estar social. No entanto, mesmo após avanços na conquista desses direitos, verifica-se, no Brasil, a precária situação do acolhimento de refugiados. Desse modo, infere-se que , de fato, essa inconstante conjuntura acontece devido à defeituosa estrutura para acolhê-los e ao preconceito enraizado na sociedade.     Deve-se pontuar, de início, que a situação precária de estruturas necessárias para o acolhimento adequado dos refugiados é um fator impulsionador da problemática em questão. De acordo com o representante da Coordenadoria de Políticas Públicas Migratória da UFPR, José Antônio, o país apresenta uma inconsistente condição estrutural para receber imigrantes. Nesse sentido, é inegável que a falta de políticas públicas destinadas ao acolhimento  desse imigrante acarreta a sua marginalização, assim, tendo como efeito no aumento de desabrigados nas grandes cidades brasileiras.     Outrossim, é preciso destacar que o preconceito arraigado na sociedade é um grande impasse à integração social desses indivíduos. Consoante o sociólogo Dahrendorf, no seu livro ''A Ordem e a Lei'', a Anomia é uma condição social em que as normas reguladoras do comportamento das pessoas perderam sua validade. Analogamente, tal fenômeno é reflexo da triste realidade de parte da sociedade brasileira, marcada pela negação da presença dos imigrantes, quando nota-se os constantes casos de xenofobia, materializados em agressões físicas e psicológicas. Desse modo, é indubitável que tais fenômenos os impedem da integração social plena no Brasil.     Entende-se, portanto, que é de fundamental importância tomar medidas efetivas para melhorar a condição social dos refugiados no país. Para isso, cabe ao Estado, em parceria com ONGs, criar espaços públicos para o recebimento de refugiados, por meio de públicas assistencialistas mais efetivas, com subsídios destinados à moradia, alimentação e educação nesses locais, a fim de melhorar as estruturas de acolhimento. Ademais, faz-se necessário que a escola promova a formação de cidadãos que respeitem às diferenças e valorizem a inclusão, por intermédio de palestras, debates e trabalhos em grupo, que envolvam a família, a respeito desse tema, visando a ampliar o contato entre a comunidade escolar e as várias formas de culturas, com a finalidade de desconstruir ideias  xenofóbicas presentes no Brasil. Assim, com essas medidas dar-se-á um futuro melhor para essas pessoas.