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Enviada em: 08/11/2018

A Declaração Universal de Direitos Humanos assegura a todo indivíduo, vítima de perseguição, o gozo de asilo político em outros países. No entanto, a atual crise de refugiados evidencia as dificuldades enfrentadas para o acolhimento dessas pessoas, o que resulta, sobretudo de questões econômicas e sócio-culturais.   O primeiro grande desafio relaciona-se aos impactos financeiros decorrentes do amparo aos despatriados. Nesse sentido, vale frisar que o país anfitrião deve comprometer-se com a observância, em todo território nacional, de garantias humanas fundamentais e inalienáveis, tais como o direito à vida, à dignidade e à igualdade. Logo, admissão de refugiados implica na necessidade de ampliação dos gastos governamentais com os serviços públicos, afim de assegurar o acesso à saúde, à habitação, ao transporte, aos alimentos e a outras prerrogativas do mínimo existencial.     Ademais, o fortalecimento cultural de grupos nacionalistas de extrema direita tem se tornado outro problema relevante. Essa intolerância, embora não seja um fato fato novo, intensificou-se nas últimas décadas face à recessão econômica que afligiu diversos países. Em suma, os nativos utilizam-se de discursos xenófobos para justificar o aumento do desemprego, da criminalidade e dos problemas sociais. No brasil, por exemplo, os números da Secretaria Especial de Direitos Humanos mostram que os haitianos são as maiores das vítimas de preconceito (26,8%), seguidos por pessoas de origem árabe ou de religião muçulmana (15,45%).    Dessa forma, o investimento Governamental em programas de integração dos refugiados- como cursos de ensino da língua nativa-, poderia aumentar a empregabilidade desse contingente, transforma-lo num ativo e desonerar algumas políticas assistencialistas. Não obstante, o apoio de Ong's humanitárias é indispensável para a arrecadação de recursos que devem ser utilizados para o bem estar do emigrante. Por fim, a temática deve ser discutida nas escolas, desenvolvendo a conscientização da sociedade civil e reforçando os laços de cidadania e a solidariedade.