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Enviada em: 12/03/2019

A imagem de Alam encontrado morto em uma praia turca após o naufrágio de um barco de refugiados tornou-se símbolo da maior crise migratória desde a Segunda Guerra Mundial. Nesse contexto de êxodo de suas Nações de origem devido a conflitos e perseguições, fez com que milhares de indivíduos pedissem asilo a outros países. Toda havia, entende-se que a situação de calamidade não seja o suficiente para a concessão do mesmo, já que entraves econômicos e sociais se fazem presentes. Acarretando assim, um problemático acolhimento desses expatriados com o país de destino.   Convém ressaltar, a princípio, que fatores financeiros são determinantes para o asilo de imigrantes. Aja vista que a Grécia, principal destino de refugiados oriundos do Mediterrâneo, esteja em meio a uma conjuntura econômica instável com dividas equivalente a 177% do seu PIB. O que decorre, portanto, em dificuldades na aceitação de novos indivíduos e na gestão de seus campos de refugiados. Onde direitos como a vida e segurança, assegurados pelos Direitos Internacionais dos Refugiados são substituídos pela violência entre os expatriados.   Do mesmo modo, também faz relevante a relação entre sociedade e o recebimento do refugiado. Pois como consequência de constantes ataques e após a confirmação de que um dos responsáveis pelo ato terrorista a França em 2015 tenha entrado no país com uma leva de imigrantes, fez com que uma sensação de medo e estigma de marginalização de refugiados fosse criado ao redor do mundo. O que fica evidente nos posicionamentos de Hungria e EUA. Onde mesmo com imposições da ONU referente ao acolhimento de refugiados mostram-se resolutos em suas decisões. Sendo exemplos de Nações que sem levar em conta a crença ou nacionalidade do imigrante, fez-se refugiado como sinônimo de terror.     Diante dos fatos, fazem-se necessárias medidas para resolver o impasse das circunstancias criticas de acolhimento do refugiado. Nesse sentido, cabe a ACNUR em parceria com os países signatários da ONU desenvolver um projeto de arrecadação de verbas via sites de doações humanitárias e mais um valor “x” de cada país estipulado previamente durante a criação do projeto. A partir disso, o mesmo atuará em duas instancias, sendo a primeira na distribuição de recursos proporcionalmente ao número de campos de refugiados em países que recebem um grande contingente de expatriados, onde a verba será utilizada em infraestrutura,investimento nas áreas da saúde e segurança e a segunda, a realização de eventos e campanhas nesses campos afim de promover a inclusão lenta e gradual da sociedade e o refugiado. Assim, relações humanas e pluralistas farão o amanhã melhor do que o hoje.