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Enviada em: 26/04/2019

As dificuldades do acolhimento de refugiados       O filme de Ai Weiwei "Human Flow- Não existe lugar se não há para onde ir" retrata as causas que levam milhões de pessoas a abandonarem seus lares, como a guerra, a miséria e a perseguição política, expõe as dificuldades encontradas na busca de uma vida digna e deixa claro que é crucial não perder a humanidade, fato que reflete diretamente na forma com a qual as pessoas que precisam de ajuda são acolhidas. Conquanto, é visível o descaso de países com esses seres humanos e faz parte da realidade de muitos a falta de auxílio e o desprezo ao chegarem no destino após uma longa jornada. Nessa perspectiva, esses desafios devem ser superados para que uma sociedade mais integrada seja alcançada.        Com a chegada de mais estrangeiros em um local, a xenofobia se torna ainda mais frequente, e diversas nações impõem cada vez mais restrições a esses indivíduos, como a Hungria, onde o governo tem instituído políticas a fim de não aceitar cidadãos nessas situações de desespero. Segundo a Carta Capital do dia 25 de abril desse ano, apesar da fama de cordialidade do Brasil em relação à recepção de novas pessoas, o país teve um aumento de 633% nos casos de xenofobia entre 2014 e 2015, pulando de 45 para 333 registros recebidos pela Secretaria Especial de Direitos Humanos, via plataforma Disque 100, sendo que as principais vítimas de preconceito são os refugiados, 26,8% haitianos e 15,45% muçulmanos ou de origem árabe.        Outro fator preocupante, é a frequente negação ao acesso a tribunais e à assistência judiciária a esses indivíduos em centros de detenção, o que representa uma afronta direta ao Art. 16 da Convenção. De acordo com Marquês de Maricá, filósofo brasileiro, os homens em sociedade são como as pedras em uma abóboda, resistem e ajudam-se simultaneamente.        Infere-se, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. A implementação de políticas públicas pelo Estado é imprescindível para assegurar-lhes os direitos econômicos, sociais e culturais,  em especial o direito ao trabalho, à saúde e à educação, para assim facilitar a integração de todos e que seus direitos de cidadania sejam respeitados e assegurados. Para combater prejulgamentos da população, uma alternativa viável é organizar mais reuniões e ações a favor dessa integração em comunidades, como o Movimento em Prol de Imigrantes e Refugiados, onde pensariam coletivamente em estratégias de acolhida, integração e educação para com todos, de modo a quebrar preceitos antes estabelecidos. Espera-se assim, que o mundo se torne um lugar mais estável e seguro para aqueles que mais precisam.