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Enviada em: 14/05/2019

Durante a Segunda Guerra Mundial, o mundo vivenciou a maior onda de refugiados da história. Assim, apesar da familiarização das sociedades sobre a existência desse fenômeno, não há empatia da parcela majoritária dos cidadãos pelos imigrantes, o que gera dificuldades para seu acolhimento. Logo, constata-se a inércia da problemática, seja pelas medidas protecionistas dos estados, seja pela xenofobia ainda enraizada.   É indubitável que a ação estatal de criar entraves que dificultam o acolhimento dos refugiados impossibilita a resolução do problema. De acordo com Thomas Hobbes, o governo deve garantir o bem-estar da sociedade. No entanto, atos como a militarização das fronteiras para impedir a chegada de navios migrantes, como a falta de infraestrutura para atender essas vítimas dos mais variados conflitos, atenta contra a máxima de Hobbes. Dessa maneira, a segurança dessas pessoas fica comprometida, por conta da prerrogativa nacionalista de garantir os direitos cívicos exclusivamente aos nativos.   Ademais, o sentimento de aversão por imigrantes, denominado xenofobia, acresce o problema. Nessa perspectiva, o surgimento da corrente filosófica evolucionista da metade do século 19, serviu como base para esse sentimento pejorativo, visto que essa escola era responsável por hierarquizar os povos de acordo com seu grau de evolução. Dessa forma, muitos se acham no direito de tratar de maneira negativa esses refugiados, baseado no ilusório domínio de seu país sobre o restante do mundo, fato que dificulta o acolhimento desses.    Fica claro, portanto, que é imprescindível os países se unirem para criar políticas universais de acolhimento dos refugiados, através da destinação de verbas voltadas para a construção de  abrigos em áreas de maior fluxo de migração, em busca de fornecer um recomeço para as vítimas de conflitos. Sendo relevante, ainda, as escolas trazerem palestras ministradas por psicólogos, a fim de ensinar os jovens a respeito do risco criado pela xenofobia e favorecer o surgimento de empatia na sociedade.