Materiais:
Enviada em: 24/06/2019

Refugiados são todas as pessoas em condição de migração forçada, na qual pode ser promovido por diversos motivos, como guerras e desastres naturais. Na atualidade, o número de indivíduos nessas circunstâncias é alarmante e, juntamente com a corriqueira posição individualista dos Estados perante esse cenário, acarreta na crise hoje vivenciada. Logo, como é comumente notado, falas preconceituosas por parte do povo em relação aos imigrantes e posicionamentos excludentes e egoístas realizados pelo governo, como medidas protecionistas, podem perpetuar ainda mais essa situação crítica.       Em primeiro plano, o povo local é responsável pela hospitalidade nacional por causa de seu contato mais direto e informal com o estrangeiro, e o Brasil é reconhecido internacionalmente por isso. Porém, na atual situação migratória de venezuelanos, por exemplo, o preconceito enraizado ao latino e ao refugiado mostra-se mais presente, o que torna mais intensa a intolerância dos brasileiros à essas pessoas. Argumentos muito citados, como a perda de postos no mercado de trabalho para os imigrantes e a precarização do sistema de saúde são reproduzidos em larga escala, perpetuando-se ainda mais essa visão. Dessa forma, o racismo e a xenofobia, atrelados à falta de argumentos de autoridade sobre essas situações, ainda são importantes fatores que dão continuidade à essa realidade preconceituosa e acarretam na intensificação da crise humanitária no Brasil e em todo o mundo.       Além disso, o posicionamento do governo tem um papel decisivo nesse cenário. A falta de politicas públicas de acolhimento e inclusão desses indivíduos e suas famílias gera a intensificação dessa situação emergente. Posicionamentos políticos e econômicos conservadores, como o fechamento de fronteiras para negação ao abrigo dos imigrantes e barreiras no mercado de trabalho, podem ser tomados como exemplos. Assim, subprodutos da ineficiência do Estado, os refugiados são renegados sistematicamente à uma nova vida digna, que é assegurada pela cartilha dos Direitos Humanos, como resultado de decisões egoístas governamentais.       Dessarte, medidas que visam amenizar a dificuldade de acolhimento de imigrantes são mais do que emergenciais. Para tal, o Ministério da Cidadania deve promover políticas públicas de inclusão dos refugiados, como o uso de cotas de emprego nas esferas de serviço do governo, visando a reinserção desse povo à vida íntegra. Essa proposta visa a ressignificação dos imigrantes no mercado de trabalho e na vida em sociedade para que, a médio e longo prazo, a crise humanitária seja diminuída e os desafios enfrentados em solo nacional, como a marginalização da presença de pessoas em situação de risco de vida, sejam amenizados.